quinta-feira, 27 de agosto de 2009

COR e SENTIMENTOS

As telas que se seguem são todas de autores diferentes e foram realizadas na tarde do passado dia 26 de Agosto. Algumas são de artistas, outras são de curiosos da pintura.


TELA 1


TELA 2


TELA3


TELA 4


TELA 5


TELA 6


TELA 7

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Bem, depois de observarem estas telas, deixem ficar aqui as vossas opiniões e interpretações.

Obrigado


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

In Memorium...

Palma Inácio (1922-2009)

Hermínio da Palma Inácio que morreu no passado dia 14 no lar da Associação Casapiana de Solidariedade, em Lisboa, onde há tempos vivia, tendo o seu corpo sido velado na sede do Partido Socialista, foi opositor incansável e indómito do regime autocrático que Oliveira Salazar chefiou com mão de ferro durante quase quarenta anos e o movimento militar derrubaria, levando ao restabelecimento da democracia parlamentar em Portugal. A 25 de Abril de 1974 Palma Inácio estava no Forte de Caxias de onde, a 26, seria o último preso a ser libertado, pois mesmo depois da revolução triunfar havia autoridades, civis e militares, a quererem tratá-lo como criminoso de delito comum. Era o seu terceiro encarceramento político desde 1947.


Coragem - a única virtude que, dizia Napoleão, não se pode imitar - tinha ele a rodos e também indignação profunda perante a injustiça social que a política do Estado Novo promovia e perpetuava. E revolta era a sua resposta natural ao atentado à liberdade de cada um que o regime incarnava.

Trazia dentro dele o gosto da aventura. Algarvio de origem modesta alistara-se na aviação, arma que ganhara na guerra de 14-18 imagem romântica de combate individual, não conspurcada por bombardeamentos generalizados de civis ou, mais tarde, por alvos e trajectos determinados por computadores. Como não era oficial não pôde ser piloto da Força Aérea, ficando sargento navegador, embora obtivesse o brevet de piloto civil. (As barreiras entre oficiais, sargentos e praças eram muito maiores do que são agora - como haviam sido na Europa toda até ao fim da guerra de 39-45). O avião iria dar-lhe uma menção no grande livro da História.

A 10 de Novembro de 1961, nas vésperas de eleições em Portugal - como sempre, durante o Estado Novo, nem livres nem limpas -, Palma Inácio, acompanhado por mais cinco conspiradores (entre os quais uma mulher de esperanças), embarcou em Casablanca num Super Constellation da TAP destinado a Lisboa e, já sobre Portugal, apontou uma pistola à cabeça do comandante e mandou-o voar baixo para poderem ser deitados sobre Lisboa e outras cidades panfletos exortando o povo à revolta. O comandante tentou dissuadi-lo com argumentos técnicos que Palma Inácio rebateu. Concluída a operação, o Super Constellation foi aterrar a Tanger. Os assaltantes - e a tripulação - tinham evitado assustar os outros passageiros que só nessa altura perceberam o que acontecera. Marrocos recusou-se a extraditar Palma Inácio. Em Lisboa o incómodo das autoridades foi tão grande quanto a admiração divertida da população: o desvio do avião fora uma première internacional, não houvera mortos nem feridos e os assaltantes haviam-se portado como cavalheiros.

Em 1967, praticou o seu segundo feito célebre. Para financiar a oposição armada a Salazar assaltou com três companheiros a delegação do Banco de Portugal na Figueira da Foz. Levaram 30.000 contos, fugiram de avião e depois de automóvel até Paris onde as autoridades também se recusaram a extraditá-los. Durante dias, carros haviam sido revistados em vão do norte ao sul do país. Perto de Évora, um cabo da GNR que inspeccionava o meu 2 cavalos desabafou: "Isto só pondo uma patrulha da Guarda à porta de cada banco!" O regime sentiu-se de novo desfeiteado e ridículo.

Outras iniciativas audazes de Palma Inácio acabaram mal. Em 1947, participação em golpe militar falhado - primeira prisão, fuga e exílio. Poucos anos depois da Figueira, tentativa gorada de conquista da Covilhã - outra vez prisão, fuga e exílio. Em 1973, entrado em Portugal para mais uma operação, a PIDE prende-o em Caxias.

Homem elegante e encantador, ajudara a deitar abaixo um poder ilegítimo e não fora tentado por benesses do poder legítimo que o substituíra. Além de coragem física e moral, possuía dois dons também raros entre nós: gostava da vida em vez de se queixar dela e preferia fazer coisas a falar de coisas. Indiferente a luxos e honrarias, morreria mais pobre ainda do que nascera.

Texto de José Cutileiro in "Expresso" (29 de Julho de 2009)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

COSPE PARA O AR. COSPE!



O fazedor do caos aparece agora travestido de salvador da Pátria.

Mas olha Sócrates, nós vivemos numa República e por isso já não há possibilidade do regresso do rei numa manhã de nevoeiro, além disso, com o calor que tem feito, as possibilidades de aparecer um nevoeiro que esconda a tua arrogância, autismo e as tramóias em que andaste metido são nulas.

Apenas poderás contar com os teus amorfos seguidores, mas cuidado que muitos deles, tal como os ratos, já abandonaram o teu barco que anda à deriva e perdido no oceano do caos por ti criado.

Em Setembro vais olhar para o lado e não vais ver ninguém.


terça-feira, 11 de agosto de 2009

GRIPE A


in Google Images

Segundo o JORNAL I de 5 de Agosto de 2009, a Gripe A já matou 1154 mortos em todo o Mundo.

Agora imaginem quantos vivos já não terá matado.


O erro já foi corrigido, mas que teve piada teve.

Metade

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Absurdo

Cena passada numa sessão de formação sobre o Siadap para directores e adjuntos. Actores: uma rapariga, recém saída do Instituto Superior de Economia e Gestão, portadora de cartão do PS e com um longo currículo na JS; directores e adjuntos dos directores.

Depois de a rapariga perorar sobre a modernização da administração pública, teve lugar a apresentação de exemplos sobre como recolher evidências para avaliar os funcionários da escola.

A rapariga exemplifica: "Tragam sempre no bolso ou na carteira um bloco de notas. Sempre que identificam alguma omissão, erro ou má prática de um funcionário, façam a respectiva anotação no caderno. Descrevam a situação e coloquem a data e a hora. Depois, vão ter com o funcionário responsável pela omissão, erro ou má prática e procedam à leitura da ocorrência. Por fim, digam ao funcionário para dizer que tomou conhecimento e assinar. Reúnam todas as evidências e utilizem-nas na fase final do processo de classificação de serviço".

A rapariga disse isto sem corar. Pior: nenhum dos directores e adjuntos presentes foi capaz de dizer à rapariga que o conselho que ela deu faz dos directores e adjuntos vulgares bufos e tem como consequência a criação de um clima de ódio no local de trabalho.
Ora digam lá se correr com esta gente dos gabinetes e corredores do Poder não é uma medida de bom senso sanitário?

Tem alguém aí?

Pega Ladrão

Esta música foi-me enviada em formato pps por um amigo. Transformei-a em vídeo e publiquei no Youtube, penso que o Gabriel terá todo o interesse em que esta música seja divulgada em todo o mundo e muito principalmente no Brasil. Mas as editoras discográficas têm muito poder. Vamos ver até que ponto o Youtube irá resistir à tentativa de censura se for alvo dela.

Vem do Brasil, mas serve para Portugal e para a Europa. Por sorte há Internet, pois jamais seria ouvida, sem este meio!!!

Isto enquanto o poder não poder controlar a Internet.

NEM QUE SEJA SÓ PARA CONHECER, VALE A PENA OUVIR.

Essa música é do Gabriel o Pensador e foi proibida (censurada). O cara não pode colocá-la no seu novo CD.

Ainda bem que existe Internet onde podemos ter acesso a tudo que eles tentam esconder...

Portanto, espalhem à vontade essa música... Mas, censura não era só na época da ditadura?

Será que o Lula já sofreu a metamorfose do polvo?

Será que o Brasil é uma democracia ou uma demoniocracia?

Quando é que a Humanidade vai acordar e dar um chuto nos chulos do poder?

A caricatura, ou não, aqui feita pelo Gabriel, não é exclusiva do Brasil, mas serve a toda a Humanidade e, por isso, particularmente a Portugal. Em Portugal, como praticamente em todo o Mundo, temos uma justiça que protege os políticos e os poderosos, há duas justiças tal como acontecia na Idade Média Europeia.