sábado, 21 de março de 2015

Grécia: A Última Esperança?

grecia3A Grécia é talvez a última oportunidade para a dita Civilização Ocidental resolver a situação económica em que se encontra dentro de uma alternativa democrática.

A luta de classes existe e negá-lo é cavar um fosso do qual será impossível sair.

A Grécia é a oportunidade daqueles que dizem que é preciso encontrar um novo caminho, mas que nada têm feito para abrir portas que nos permitam respirar esperança.

Manter a Grécia isolada, ignorar as possíveis alternativas que os dirigentes gregos têm vindo a propor, sem lhes dar o benefício da dúvida, é o perigo maior para a Humanidade e, sobretudo, para a tão apregoada Civilização Ocidental.

Encarar a solução deste problema de forma conjuntural é prolongar a agonia do sistema e, se o sistema não compreende esta situação e não tenta encontrar soluções fora de si próprio, cavará a sua própria sepultura.

Não estou a defender que a Grécia, e os gregos, tenham a solução, mas sim que merecem ser olhados com respeito e despidos de preconceitos ideológicos, disso tenho a certeza.

O problema grego, não é exclusivo dos gregos, mas de todos nós, por isso as soluções têm de ser encontradas procurando alternativas viáveis e globais, nunca assobiando para o lado ou, mais grave ainda, combatendo as tentativas de soluções apresentadas pelos gregos e não só.

Se a Grécia falhar, falhamos todos nós, e se contribuirmos activamente para o falhanço da Grécia, então estaremos a abrir as portas para que os sem esperança usem a revolta e a demagogia como arma, abrindo portas para um conflito mundial de consequências devastadoras para a Humanidade.

Ninguém parece querer sair da sua zona de conforto e, ignorando a realidade, estamos a condenar o nosso futuro a um beco sem saída, e os becos sem saída conduzem a alternativas desesperadas.

A III Guerra Mundial já está em marcha, mas ninguém parece querer ver, como não quiseram ver nos anos 30 do século passado, que a II Guerra Mundial vinha a caminho.

quinta-feira, 19 de março de 2015

A gestão Feudo-vassálica das nossas Escolas

vassalagemTirando honrosas excepções a gestão das nossas escolas é do tipo feudo-vassálica.

No topo da hierarquia, o suserano dos suseranos, está o PM, isto é, o Coelho, ao qual todos devem obdiência e a quem todos prestam vassalagem.

Aos bem comportados o PM distribuirá um feudo. Um dos seus mais fieis vassalos, cRato, recebeu o feuda da educação, o qual se encarregará de distruibuir as suas benesses pela sua fiel nobreza de toga, isto é, uma escola para este, um agrupamento para aquele.

O feudo é gerido pelo suserano/vassalo, o director. No entanto este suserano delega algumas competências de carácter prático nos seu vassalos directos: equipa da direcção, conselho geral e chefias intermédias.

No terceiro nível temos a nobreza e o clero, os professores do quadro, grupo diversificado e com interesses muitas vezes díspares, mas que se vão acomodando ao sistema, senão o sistema pode deixar de funcionar e, assim, estes vassalos arriscam-se a perder algumas das suas regalias.

Claro que nem todos os professores, vassalos de terceiro nível, pertencem à classe dominante e privilegiada, nobreza ou clero, muitos deles, cada vez mais, sujeitos a contratos mais ou menos absurdos ao longo de vários anos, são meros burgueses e até, em muitos casos, simples plebeus.

Desta forma, o feudo, a escola, vai funcionando, discute-se o sexo dos anjos, perdem-se horas a construir o formulário de um qualquer documento relativo à melhoria do aproveitamento dos alunos, enquanto estes correm nos pátios do castelo, ou mosteiro, em chinfrineira carnavalesca, porque os resultados, esses lá acabarão por aparecer.

Alguns, talvez mais irrequietos, ou provavelmente mais inconsequentes, já entraram em período renascentista, mas as suas críticas, o espírito crítico, é de imediato entendido pelos restantes vassalos como maldicência, que anima a escola, o feudo, e até dá algum colorido.

No fim, felizes, todos dormem sossegados com a consciência do dever cumprido e, no próximo ano, o Sol continuará a brilhar sobre os seus magníficos feudos, pelo menos nos dias em que não chova.

domingo, 8 de março de 2015

Dia Internacional da Mulher

dm2O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.

O Dia Internacional das Mulheres e a data de 8 de março são normalmente associados a dois fatos históricos que teriam dado origem à comemoração. O primeiro deles seria uma manifestação das operárias do setor têxtil novaiorquino ocorrida em 8 de março de 1857 (segundo outras versões em 1908). O outro acontecimento é o incêndio de uma fábrica têxtil ocorrido na mesma data e na mesma cidade. Não existe consenso entre a historiografia para esses dois fatos, nem sequer sobre as datas, o que gerou mitos sobre esses acontecimentos.

No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920.

Nos países ocidentais, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender relembrar o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917, costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.

Em 1975, foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres.

quinta-feira, 5 de março de 2015

EU TENHO VERGONHA DO MEU PAÍS!

Eu tenho vergonha do meu país, quando vejo a falta de carácter e de verticalidade dos políticos do chamado arco do poder.

Eu tenho vergonha do meu país, quando vejo, e ouço, os milhares e milhares que sofrem em silêncio.

Eu tenho vergonha do meu país, quando vejo que ainda são os velhos que levantam a voz contra os ladrões.

Eu tenho vergonha do meu país, quando centenas de pessoas foram incentivadas a aplicar as poupanças da suas vidas em investimentos que os levaram à ruína.

Eu tenho vergonha do meu país, quando vejo que o próprio Presidente da República incentivou portugueses a investir no BES elogiando a sua gestão e idoneidade financeira.

Eu tenho vergonha do meu país, quando o BPN e os malfeitores que o governaram levaram o país à ruína e continuam a viver à tripa forra.

Eu tenho vergonha do meu país, quando vejo os políticos que deviam estar nas primeiras filas nas ruas, se entretêm com jogos políticos sobre o poder.

Eu tenho vergonha do meus país, quando vejo que cada vez há mais ricos à custa de mais pobres.

Eu tenho vergonha do meu país, quando vejo a falta de capacidade crítica dos Portugueses e a sua vontade de viverem da ilusão. Cada qual olhando para o seu umbigo em vez de olhar para o mundo sem se sentirem repugnados.

Eu tenho vergonha do meu país, quando vejo milhões que, no seu egoísmo, olham para o lado para não sentirem vergonha porque são cobardes.

EU TENHO VERGONHA DO MEU PAÍS!