quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Fernando Nobre



O anúncio de Fernando Nobre, fundador e presidente da AMI, em candidatar-se à Presidência da República colheu-me de surpresa, mas ao mesmo tempo de satisfação, isto porque não é um político de carreira, mas sim um homem de acção.

Fernando Nobre relaciona-se com as pessoas e não com os esquemas político-partidários ou os número, sabe o que é o sofrimento, pois lidou com ele ao longo dos anos.

Para já deixo aqui ficar a minha simpatia por esta candidatura que, pela primeira vez, parece fugir à lógica político-partidária, por isso vou aguardar pelo desenvolvimento desta candidatura, mas deixo desde já o meu voto de solidariedade se os acontecimentos futuros não me desiludirem.

COMENTÁRIO DE CAMILO MORTÁGUA

A vida é assim mesmo, por estar cheia de surpresas inesperadas, torna-se interessante!

Concordo contigo em relação à apreciação do personagem, mas sou obrigado a discordar frontalmente da sua decisão, não porque não tenha o pleno direito a candidatar-se, mas porque o contexto em que o faz afecta irremediavelmente a dimensão ética da sua imagem.

Prestar-se a ser muleta dos falcões do PS. para potenciar a eleição do Cavaco em detrimento de um candidato que no plano ético, moral e cívico, e como defensor dos valores fundamentais duma esquerda de princípios e não de negócios, é exemplar, como é o caso do Manuel Alegre, é, em minha opinião, uma atitude eticamente condenável.

Não basta vir dizer que a sua candidatura não tem nada a ver com partidos, mas que é uma simples questão de cidadania; dizia Salazar, que "em política o que parece é" e já antes do anúncio da candidatura, era público quem estava a pressionar o Homem para que se candidatasse... e, mesmo que assim não fosse, o Dr. Fernando Nobre pela sua experiência de vida, não pode alegar ingenuidade em sua defesa... sabe muito bem medir os efeitos da sua candidatura face ao panorama da próxima eleição à presidência da República!

Razão tinha quem sempre me disse para não acreditar na existência de grandes homens, mas sim, no facto de existirem grandes oportunidades em que os homens pelas opções que tomam sabem elevar-se ou não a cima da mediania.

Para mim... e receio que para muitos portugueses, (o que é pena) a partir de hoje, o Dr. Fernando Nobre, passou a chamar-se apenas... Fernando.

Camilo Mortágua

3 comentários:

Alice Rios disse...

Tão habituados estamos a um certo mofo político-partidário que corremos o risco de abrir a janela a uma oportunidade como a que Fernando Nobre ou a sua pré-candidatura representam. Compreendo-te, pois, Mário, mas não posso deixar de concordar com a lúcida análise do Camilo. Para mim,ainda estamos no momento do folclore e do que precisamos é de uma tábua de salvação.

Mário Monteiro disse...

A minha reacção foi a quente, foi uma reacção de alguém que admira a coragem do homem, por isso teço elogios ao passado da pessoa, mas não avanço com nenhum apoio declarado, até 2011 muita coisa vai acontecer e muita coisa será clarificada.

Replica disse...

Conclusão, nada, nada, é o mal do Portuga!!! oportunista até ao último minuto ficam a espera da ultima moda para de declararem,
pobres coitados, vivem agarrados
ao golpe.