quarta-feira, 23 de março de 2011

A Ditadura dos Mercados



Afinal quem são os mercados? Qual é o poder democrático que os controla?

Chega de chantagens. Estamos fartos que os partidos do poder nos chantagiem.

É hora de acordarmos para a realidade e exigir uma mudança efectiva de política, pois é nos momentos de crise que surgem as ideias capazes de mudar o rumo dos acontecimentos.

A vítima desta política não é o Sócrates, nem o salvador é o Passos Coelho, também já não acredito que a solução esteja nos partidos do sistema, a solução está nas nossas mãos e na criatividade que fomos capazes de gerar.

Apenas tenho uma certeza, o capitalismo não é solução.

terça-feira, 22 de março de 2011

Indignação


Mais uma vez um grupo de energúmenos lançou pedras sobre um autocarro que transportava uma equipa de futebol, neste caso o SLB.

Como cidadão e portista sinto-me indignado por tais atitudes. Não gosto de bufos mas, nesta situação, era bom que quem sabe quem foi o responsável (ou responsáveis) por tais actos tivesse a coragem de os denunciar.

Já chega de irresponsabilidade e cobardia. Estou farto da coragem dos cobardes. Estou farto do fanatismo que gera o fenómeno desportivo e em particular o futebol.

Continuo a gostar de futebol, mas somente do que se passa dentro das quatro linhas, estou blindado a todo o tipo de discussões que se produzem ao longo da semana e não dou um tostão para alimentar este tipo de terrorismo.

Apelo às autoridades e aos tribunais para que prendam e julguem exemplarmente estes indivíduos (talvez fosse mais apropriado designá-los por coisas), mas que também não deixem escapar aqueles que incitam a este tipo de acções, que são vários e de vários quadrantes (não há pessoas inocentes, nem Pilatos que possam lavar as mãos).

O fanatismo é algo que tira capacidade de raciocínio. Para mim é incompreensível que o fanatismo do futebol possa conduzir a actos tresloucados e criminosos, mas que a realidade sócio-económica que vivemos não seja capaz de levar as pessoas à revolta.

segunda-feira, 21 de março de 2011

O Paradoxo da Ilusão



Ao olhar para a actual crise nacional e internacional vem-me à memória a polícia judaica do gueto de Varsóvia e dos campos de concentração nazis.

No meio da humilhação e do desespero, uns quantos sem escrúpulos, reprimiam e abusavam dos seus irmãos, simplesmente para agradar aos senhores da guerra, os nazis, e tiravam, oportunisticamente, proveito próprio com a desgraça dos seus irmãos.

Hoje a Humanidade continua de olhos fechados para a realidade, não compreendendo o embuste que os donos do mundo lhe arma.

A ilusão de democracia, a sofisticação da ilusão de democracia, enche de remela os olhos das pessoas. O Povo deixa-se adormecer e acredita que os sacrifícios que lhe impõem são um mal necessário para ultrapassar a situação presente.

O Povo não vê que não são os políticos, que julga escolher como seus governantes, que ditam as leis, mas sim um poder obscuro, que não é julgado nem responsabilizado por ninguém e a que, eufemisticamente chamam de mercado, que controla o Mundo.

É este poder anti-democrático e ditatorial que está a mexer os cordelinhos dos fantoches a que chamam políticos, os quais não são mais do que testas-de-ferro daqueles, mesmo que algumas vezes nem tenham consciência disso mesmo.

Até quando?