sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Finalmente

Finalmente foi aprovada na Assembleia da República, por todos os partidos, mas com a excepção do PS, uma lei que criminaliza o enriquecimento ilícito privado com dinheiros públicos.

Parabéns!

Quanto ao PS mais uma vez dá um tiro no pé, até parece que o fantasma José Sócrates anda a controlar o cérebros dos deputados do PS.

Sem dúvida que a aprovação desta lei é um passo em frente rumo à transparência, mas não é decisivo, pois além da criminalização dos enriquecimentos ilícitos, também era fundamental que fossem responsabilizados e criminalizados os gestores públicos que desbaratam os dinheiros públicos. O julgamento político não chega, é necessário um julgamento criminal.

No entanto não basta aprovar leis, por mais justas que sejam, é necessário que estas possam ser efectivamente executadas. Aqui surge um problema grave ao qual os políticos submetidos ao grande capital, não têm coragem de aprovar: a existência de off shores.

É nestas off shores que é lavado o dinheiro do crime, seja ele a droga, seja ele o dos políticos corruptos ou do grande capital apátrida.

Ilegalizar os off shores é um esforço que se exige à comunidade mundial, mas aqui, Portugal pode dar o exemplo, ilegalizando o off shore da Madeira, onde, provavelmente, estará uma parte significativa do dinheiro do célebre buraco da Madeira.

Não posso afirmar que a conclusão anterior seja verdadeira, precisamente porque os off shores estão acima da lei, estão legalmente fora da lei. Quando se permite a existência de off shores no território nacional, quando existe um buraco orçamental monstruoso na Madeira e, provavelmente noutros locais, todas as especulações são possíveis e legítimas. Encerrar o off shore da Madeira não é uma solução milagrosa, pois o grande capital não tem pátria e, muito menos, escrúpulos, por isso caso fosse encerrado o da Madeira, colocariam o seu dinheiro sujo noutros off shores.

Num mundo tendencialmente globalizante, esta é uma luta global.

Quem não quer ser lobo que não lhe vista a pele.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A Força das Ideias

Depois de falar da falta de coluna vertebral, é bom recordar aqueles que de facto deram tudo, abdicaram de tudo e arriscaram tudo para construir uma pátria que devia ser livre e verdadeira.

Um abraço aos companheiros Palma Inácio e Camilo Mortágua.



É possível andar sem olhar para o chão
É possível viver sem que seja de rastos

ATÉ SEMPRE COMPANHEIROS!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Demência Nacional


Este homem raia a demência. Este homem age de maneira impune. Este homem é um demagogo. Este homem é um oportunista.

Mas será que podemos deitar todas as culpas, todas as responsabilidades, àquele homem?

Eu acho que não!

Tão, ou mais, culpados da situação para que aquele homem está a arrastar o país, melhor, já arrastou, é a da casta política que tem "governado" este país nos últimos anos, desde os actuais PR e PM, passando por todos os anteriores, os quais cobardemente cedem sempre às exigências daquele homem, mesmo depois de serem frequentemente enxovalhados, amesquinhados e até insultados por ele.


Mais culpados do que quaisquer dos anteriores são os cidadãos portugueses, os quais continuam a dar voz a estes homens, embarcando no sistema e elegendo estes políticos.

É A DEMÊNCIA NACINAL!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Carta Aberta ao PR

Exmo. Sr. Presidente da República, Dr. Aníbal Cavaco Silva,

O meu nome é Catarina Patrício, sou licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, fiz Mestrado em Antropologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, sou doutoranda em Ciências da Comunicação também pela FCSH-UNL, projecto de investigação "Dissuasão Visual: Arte, Cinema, Cronopolítica e Guerra em Directo" distinguido com uma bolsa de doutoramento individual da Fundação para a Ciência e Tecnologia. A convite do meu orientador, lecciono uma cadeira numa Universidade. Tenho 30 anos.

Não sinto qualquer orgulho na selecção de futebol nacional. Não fiquei tão pouco impressionada... O futebol é o actual opium do povo que a política subrepticiamente procura sempre exponenciar. A atribuição da condecoração de Cavaleiro da Ordem do Infante Dom Henrique a jogadores de futebol nada tem que ver com "a visão de mundo" (weltanschauung) que Aquele português tinha. A conquista do povo português não é no relvado. Sinto orgulho no meu percurso, tenho trabalhado muito e só agora vejo alguns resultados. Como é que acha que me sinto quando vejo condecorado um jogador de futebol? Depois de tanto trabalho e investimento financeiro em estudos?!! Absolutamente indignada.

Sinto orgulho em muitos dos professores que tive, tanto no ensino secundário como no superior. Sinto orgulho em tantos pensadores e teóricos portugueses que Vossa Excelência deveria condecorar. Essas pessoas sim são brilhantes, são um bom exemplo para o país... fizeram-me e ainda fazem querer ser sempre melhor. Tenho orgulho nos meus jovens colegas de doutoramento pela sua persistência nos estudos, um caminho tortuoso cujos resultados jamais são imediatos, isto numa contemporaneidade que sublinha a imediaticidade. Tenho orgulho até em muitos dos meus alunos, que trabalham durante o dia e com afinco estudam à noite....

São tantos os portugueses a condecorar...

E o Senhor Presidente da República condecorou com a distinção de Cavaleiro da Ordem do Infante Dom Henrique jogadores de futebol... e que alcançaram o segundo lugar... que exemplo são para a nação? Carros de luxo, vidas repletas de vaidades... que exemplo são?!

Apresento-lhe os meus melhores cumprimentos,

Catarina