sábado, 31 de março de 2012

As Novas Leis do Trabalho

Recentemente foram aprovadas novas Leis do Trabalho na Assembleia da República, por proposta do Governo e respectivos partidos da maioria, e por imposição da Troika.

A votação não me surpreendeu. O actual Governo legitimado pelo Governo de Sócrates e pelo esbanjamento da economia nacional desde, pelo menos, o Governo de Cavaco Silva, permitiu à maioria aprovar a lei sem qualquer dificuldade.

Apesar de não ter ficado surpreso com os resultados, só um inocente teria alguma surpresa, há alguns factos curiosos: o PS deu mais um tiro no pé e, pelo seguro, resolveu abster-se em nítida subserviência à Troika; uma deputada do PS, Isabel Teixeira, assume o seu dever de deputada e vota contra a disciplina de voto do PS; curiosa também foi o voto do deputado Ribeiro e Castro do CDS, que votou contra a disciplina de voto imposta pela maioria e o pelo Governo.

Surpreso com a votação de Ribeiro e Castro? Não! Quando a notícia foi parcialmente transmitida achei que havia alguma coerência no sentido de voto daquele deputado, pois como o seu partido, o CDS, e o PSD, sempre pretenderam alterar profundamente as leis do trabalho ainda mais do que a lei agora aprovada, poderia ser uma atitude coerente mas, para espanto dos incautos, afinal o Sr. Deputado até não tinha nenhuma objecção a fazer à "macieza" das leis aprovadas, o Sr. Deputado marcava posição em defesa da não abolição do feriado do 1º de Dezembro.

Isto é, os trabalhadores foram, mais uma vez, fortemente penalizados, mas o Sr Deputado Ribeiro e castro só se preocupou com a abolição do 1º de Dezembro. Olhe Sr. Deputado, deixe-me dizer-lhe, em linguagem que o senhor percebe perfeitamente, pois faz parte dos chavões que os senhores deputados usam regularmente, sobretudo quando não sabem o que  querem dizer e para ganhar tempo até que alguma coisa sia, dizia, deixe-me dizer-lhe com toda a clareza e solicitando que ninguém me interrompa, por enquanto os outros falavam eu não interrompi ninguém, sim, deixe-me dizer-lhe com toda a clareza que a vontade de comemorar o 1º de Dezembro está plasmada na alma do Povo Português, não porque esta data ainda digo algo aos Portugueses, mas porque os Portugueses sintam, cada vez como mais urgente,  um novo 1ª de Dezembro capaz de derrotar os traidores que mais uma vez colocam, a troco de uns tostões, o país na dependência do estrangeiro.

Para rematar ente imbróglio sublinho a notícia que acabei de ler:


Salários nas empresas públicas alemãs vão subir 6,3% nos próximos dois anos


Continuem a preocupar-se com o supérfluo e deixem o essencial, quando acordarem já vão ver a "duquesa de Mântua" deitada na cama do "Miguel de Vasconcelos" a comer-lhe as papas na cabeça e o Zé Povinho a pagar a vilanagem.