domingo, 23 de dezembro de 2012

Memorial Palma Inácio

Maqueta do Memorial Palma Inácio
da autoria do escultor portuense
Joaquim Álvares de Sousa


PROJECTO MEMORIAL PALMA INÁCIO

Comissão Operacional Promotora:

Armando Coelho (Comandante)
Camilo Mortágua
Maria Elisabete Neves
Mario Rietsch Monteiro

Autoria: escultor Joaquim Álvares de Sousa
Localização: Largo Soares dos Reis (Porto)
Inauguração: Prevista para 2013

Farão ainda parte da Comissão de Honra alguns companheiros ligados ao Palma e à fundação da LUAR, os quais serão brevemente contactados e pedida a autorização de divulgação dos seus nomes.

Neste momento o maior desafio à concretização deste projecto concentra-se na recolha de fundos junto de antigos companheiros e amigos de Palma Inácio, estamos em crer que, até em época de crise, seremos capazes, com a ajuda de todos, de recolher os fundos necessários para a sua concretização.

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Memorial Palma Inácio

domingo, 9 de dezembro de 2012

UMA AULA DE HISTÓRIA?



Nas minhas aulas uso, com alguma frequência, o recurso à metáfora e, para tal, utilizo a sala de aula, objetos vários e os próprios alunos.

Interrogo-me muitas vezes de qual seria o resultado se, após terminar a aula, pedisse aos meus alunos que me fizessem um breve resumo sobre a matéria leccionada. Por minha culpa, não por culpa dos alunos, imagino que esse resumo seria algo de estranho e absurdo.

Assim, no final de uma aula sobre a I Guerra Mundial, acho que o resumo dos alunos seria algo deste género:

Bem professor, partindo do princípio que a Europa é a fila do meio, aquela em que a Eugénia está à frente; a América a da esquerda, dominada pela Amélia; a África a da direita, onde se destaca a Alfredina. A França é a Francisca, a Inglaterra a Isabel, os EUA o Américo, a Rússia a Rute, a Alemanha o Almeida, a Áustria-Hungria a Augusta e a Itália a Irene, então a aula foi assim:

A Francisca, a Isabel e o Almeida, suspiravam por fazer da Alfredina o seu quintal e então foram para lá e retalharam tudo quanto podiam, no entanto outros também queriam um pouco dos terrenos da bela e sensual Alfredina. Como ninguém se entendia, resolveram fazer uma conferência internacional na pastelaria Berlim, ali para os lados do Almeida, onde todos se reuniram, incluindo o Paulo (Portugal) e a Belmira (Bélgica), além de outros. Aqui acordaram com que pedacinho de terra ia ficar cada um, não se importando minimamente com o que aconteceria aos milhões de seres que viviam na Alfredina.

Durante anos andaram a sorrir uns para os outros, mas nas costas fabricavam cada vez mais fisgas, setas, pistolas, barcos, etc. Na Eugénia vivia-se um clima de ódio latente, cada dirigente queria ter mais força do que o vizinho, queria mais fábricas e mais matérias-primas, assim como mais gente para comprar o que faziam.

Um dia, em 1914, o barão Francisco Fernando, que tinha sido prometido em casamento à Augusta, foi visitar o Sérgio (Sérvia), onde apanhou com um balázio e foi desta para melhor, tendo o casamento sido anulado.

Triste e zangada a Augusta declarou guerra ao Sérgio, logo a amiga e amante do Sérgio, a Rute, declarou guerra à Augusta.

 Desataram todos à trolha. Os amigos juntaram-se e declararam guerra aos amigos dos outros. Iniciou-se a grande barafunda. Todos pensaram que seria uma questão de dias e tudo ficaria resolvido rapidamente. A verdade é que a quantidade de fisgas, pistolas, setas e outros utensílios de destruição era tão grande, de parte a parte, que rapidamente se entrou num impasse, por outro lado os generais de ambos os lados eram velhos e não tinham percebido que com o material bélico de que dispunham, não poderiam continuar a combater como faziam no século passado (século XIX). 

O resultado foi que tiveram necessidade de construir largos milhares de buracos ao longo das respectivas fronteiras e os soldados passaram a viver e a combater nesses buracos. Durante três anos, os homens combateram como ratos, enquanto os generais faziam experiências, tal como os cientistas fazem com as cobaias nos laboratórios.

Nas trincheiras os soldados viviam aos milhares, nas povoações próximas da frente de batalha as populações civis também. A I Guerra Mundial foi a primeira em que o número de mortos civis foi superior à de soldados.

Em 1917 a Rute contraiu uma forte dor de barriga e teve e abandonar a guerra para cuidar da sua própria saúde. No Atlântico, os cargueiros que o Américo enviava para a Isabel e para a Francisca eram afundados pelos submarinos do Almeida. Um dia um paquete que realizava uma viagem entre as terras do Américo e da Eugénia foi afundado por um submarino do Almeida. Indignado o presidente Américo declarou guerra ao Almeida. Demorou cerca de um ano a colocar as suas tropas na Eugénia, mas quando cá chegaram, bem armadas e treinadas, colocaram um rápido fim à guerra.

O Almeida, triste, teve de assumir todos os estragos provocados pela guerra e pagar a todos os vencedores pesadas indemnizações.

A guerra acabou, mas a semente de uma nova guerra foi lançada à terra em Versalhes.

domingo, 2 de dezembro de 2012

METRALHAS E MADAME MIM

Em tempos houve uma tal Maga Patalógica (Ferreira Leite) que afirmou que este país só podia ser governável se se suspendesse a democracia pelo menos por seis meses. Estupefactos, os portugueses não quiseram acreditar. Daí para cá a Maga Patalógica tem andado um pouco acabrunhada, mas de vez em quando lá aparece a dar soluções, como se fosse uma virgem impoluta.

Entretanto o Mancha Negra (os mercados) descobriram uns bandiditos de meia tigela,os Irmãos Metralha (Passos, Portas e Gaspar - não sei muito bem se a ordem é esta, ou outra qualquer).

No meio desta barafunda que é Patopólis, os Tios Patinhas e os Patacôncios proliferam e aumentam ainda mais os seus chorudos lucros, à custa dos Patos Donald cá da praça que andam a leste de tudo, dos Gastões que acreditam na sorte, dos Peninhas que só andam a curtir, dos Coronéis Cintra que protegem os Metralhas, dos Gansolinos que só pensam em dormir e continuam à espera que as coisas venham ter com eles sem esforço. Temos ainda os Joões Bafo de Onça, que se fazem amigos dos Metralhas, mas roubam em proveito próprio.

Para além destes, existe o resto da bicharada, que já não sabem qual é a sua história, mas que também não acreditam nesta. Andam meio perdidos.

Mas pelo meio temos os que nada fazem, além de fazerem número: as Margaridas, as Clarabelas, os Horácios, os Patetas, os Zés Carioca, etc.

Por cima disto tudo está quem verdadeiramente mexe os cordelinhos a partir do seu castelo altaneiro, lá para as margens do Reno: a Madame Mim (Angela Merkel).

OS IRMÃOS METRALHA-OS