segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

12 de Março


O próximo dia 12 de Março pode ser aquele em os Portugueses poderão vislumbrar uma luz ao fundo do túnel, para tanto basta que sejam cidadãos, pois é altura de deixar o comodismo, não ter medo de assumir posições e dizer:

B A S T A !

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Como És?



Já passaste por muito na vida. Já sofreste, já amaste, já choraste e sorriste, já gritaste e desejaste gritar, já lutaste e deixaste lutas para trás. És um lutador e sabes que na vida tudo se consegue de cabeça erguida . Sabes que para alcançares a meta é preciso torcer os dois pés; sabes que há gente mesquinha mas também existem boas pessoas. Amas com tudo o que tens e contigo é sempre para durar. Continua assim, mesmo naqueles momentos em que parece que o Mundo caiu em cima de ti.

Fonte: Facebook Quiz

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Dia da Libertação


Quantas vezes olhamos para o prisioneiro, o prisioneiro de ideias, de palavras, de amor... e perguntamos: Porque não te libertas?

Ao que ele nos responde: Para me libertar tenho de ter consciência de que sou prisioneiro.

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A verdade é que nem sempre é fácil a percepção de que se é prisioneiro pois, na maior parte dos casos, o carcereiro faz-te pensar que o prisioneiro é ele. Ele, o carcereiro, deu-te tudo, deu-te uma casa, deu-te um lar, deu-te um filho, deu-te amor, e tu? O que lhe deste tu?

O carcereiro alguma vez te amou para além de palavras ocas pronunciadas em momentos de ocasião? O carcereiro alguma vez te deu ouvidos simplesmente para te ouvir e não para que concordasses com ele? O carcereiro alguma vez te deu uma palavra quando tu mais precisavas?

O carcereiro urdiu uma teia, juntamente com os seus apaniguados. Uma teia que te amordaçou, uma teia que te secou as ideias, uma teia que te fez sentir carcereiro do teu carcereiro.

Faz hoje anos que iniciaste a tua luta pela libertação. Foi dura e difícil a libertação, também por isso tem muito mais valor. Inicialmente nem tiveste consciência disso. Não tinhas consciência de que te encontravas aprisionado, num mundo e num modelo que não era o teu. Achavas que o amor quebraria todas as barreiras. Estavas enganado e confuso com as tuas próprias ideias. Acreditaste quando te disseram "Amo-te" que isso era mesmo verdadeiro. Pior, o teu carcereiro também acreditou.

Entraste em desespero e cometeste loucuras porque amavas. Quase destruíste a tua vida. Quase te auto-destruíste. Por quê? Para quê?

Não venceste o desespero e a angústia sozinho, alguém colheu a flor do seu jardim e cuidou de ti. E tu? Sim tu o que fizeste? ganhaste asas de novo e partiste. Partiste para voar. Sim para voar.

Eras prisioneiro e libertaste-te, não te tornes agora carcereiro.

Voa, mas não esqueças nunca os que te deram asas, aqueles que te amaram pelo que eras, e és, e não pelo que gostariam que fosses, alguém amorfo e dócil, incapaz de ter vontade própria e que deveria sempre sujeitar-se à vontade do seu carcereiro.

Por fim agradece ao teu carcereiro, pois foi ele que, cansado de te aturar, cansado de te ter por prisioneiro, te lançou para a sarjeta, pensado que te irias afundar, enganou-se, por isso lhe deves agradecer, pois foi ele que fez despertar em ti a consciência de que eras seu prisioneiro e isso deu-te a força suficiente para lutar pela tua libertação.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

TEATRANDO 2011


CLICAR PARA AMPLIAR

  • Peça 1 – “Filhos de Assassinos”, de Katori Hall, pelo TnE-teatronaescola (Escola EB2,3 Pde. Américo - Campo)
  • Peça 2 – “Todos os Rapazes são Gatos”, de Álvaro Magalhães, pelo Grupo de Teatro da Escola EB 2,3 de Sobrado
  • Peça 3 - “A Birra do Morto - Farsa Trágica”, de Vicente Sanches, pelo Grupo de Teatro da Escola Secundária de Rio Tinto

O TEATRANDO 2011, Encontro Internacional de Teatro Escolar, organizado pelos Agrupamentos de Escolas de Campo e Sobrado, realizar-se-á no Centro Cultural de Campo (Valongo) nos dias 6, 7 e 8 de Maio de 2011 de acordo com o Programa acima divulgado.

A edição do TEATRANDO deste ano não terá carácter internacional porque a escola galega convidada a participar não poderá estar presente.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

IT Girl & PC Man Valentine's Day

EPISÓDIO 4


IT Girl e PC Man vão jantar a um restaurante grego para comemorar o Valentine´s Day, aquele dia que a populaça designa por Dia dos Namorados.

Depois de um jantar romântico onde provaram iguarias afrodisíacas, bem regadas com "Ice Tea" e "Pepsi Cola", para condizer com os seus próprios nomes.

PC endireita-se na cadeira e olha fixamente para IT.

Com o olhar brilhante, aconchega as mão de IT com as suas, de forma decidida e forte, deixando transparecer todo o amor que dentro dele sente ao mesmo tempo que o faz fluir naquele aperto de mãos. Não resistindo à sedução do olhar de PC e à torrente que sente penetrar em si, IT verte uma lágrima, que lhe escorre pela face, e assume uma postura lânguida. Está com os sentidos e as emoções ao rubro.

Depois de um breve momento de silêncio, em que ambos ficam mudos pelo sublime êxtase que estão a viver, PC, com a garganta ainda meia a tremer diz:

PCM: Darling I'm so in love. I love you so much...

ITG: I love you too...

PCM: I love you too twice...

ITG: I love you twice too...

PCM: ??????

ITC: Sim, querido, eu amo-te no dobro em que tu me amas. Sabes, quando ficamos assim envolvidos, confundo as palavras todas e fico tão tonta que até esqueço o inglês. Fico naquela: you are here, you are eating.

PCM: I hope so honey.

ITG: Não sejas grosseiro "P"!

PCM: Ok, ok, estava só a fazer blague.

ITG: Tu e os teus francesismos. Nunca percebi porque gostas tanto dessa língua de idiotas.

PCM: Prontos querida, hoje não uso mais o francês.

ITG: Nice. Mas voltemos ao estado em que estávamos, porque eu estava toda derretidinha.

PCM: Today is our first Valentin's Day and I will need to say something to you that you'll never forget.

ITC: But I will never ever forget you, my darling.

PCM: So, I will go side by side with you... from dawn till the sunset!

ITC: Oh my God. I really love you my sweet dream. Sabes, eu tinha colocado num pedestal um demónio, mas agora sei que no meu pedestal está um santo.

Levantam-se. Pagam a conta.

Imaginam-se numa qualquer ilha grega ou, em alternativa, em Cuba, onde IT tinha prometido levar PC, mas num SPA de luxo, longe dos horrores da pobreza. Olham-se nos olhos como se estivessem num paraíso em que o Mundo, aquele que nós sabemos que é real, tivesse deixado de existir por artes mágicas e, em vez dele, tivesse sido criado um novo e idílico Mundo, só para sublinhar aquele momento de sublimação etérea que ambos partilhavam.

Apaixonados e de corpos bem colados um ao outro, dirigem-se para a porta de saída como se caminhassem rumo ao Pôr-do-Sol.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Haja Esperança



Haverá um dia em que todos voltaremos a ser felizes, quando:
  • OS SÓCRATES, FOREM APENAS FILÓSOFOS
  • OS ALEGRES, APENAS CRIANÇAS
  • OS CAVACOS, APENAS INSTRUMENTOS MUSICAIS
  • OS SOARES, APENAS GASES
  • OS PASSOS, APENAS OS DE DANÇA
  • OS COELHOS, APENAS AS DA PLAYBOY
Até lá, paciência, muita paciência...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Saída Nocturna - IT e PC vão ao Baile

EPISÓDIO 3


PC Man e IT Girl saem juntos de casa. Vão encontrar-se com Dona Laranjina e o Sr. Águas das Pedras, para uma noite de divertimento, numa danceteria da moda.

PC Man abre a porta do carro para que IT Girl ocupe o seu lugar. Deixa-a passar e fecha a porta delicadamente, atirando um beijo pela janela. Contorna o carro pelas traseiras, abre a sua porta e faz um esforço para entrar, pois, devido à sua elevada estatura, tem alguma dificuldade em entrar.

Senta-se.

Liga a ignição do carro para a desligar logo de seguida.

Olha pelo espelho retrovisor que ajusta com cuidado.

Volta a abrir a porta e sai.

Contorna o carro lentamente e verifica a distância entre o seu carro e os que estão atrás e à frente.

Coça a farta cabeleira.

Volta a entrar, revelando de novo dificuldade.

Sem uma palavra, beija a face de IT Girl, que se mantém em silêncio e vai ao porta-luvas de onde retira um papel e uma caneta.

Faz um esquema onde calcula o número de manobras que terá de fazer para retirar o seu carro do estacionamento.

Volta a sair do carro, agora com o esquema na mão, verificando se o seu cálculo bate certo com a realidade.

Fazendo um gesto de concordância com a cabeça volta a entrar no carro, mais uma vez manifestando alguma dificuldade.

Liga a ignição e põe o carro a trabalhar.

Espera três ou quatro minutos até achar que o motor está suficientemente quente para iniciar a manobra.

Depois de sete ou oito manobras arriscadas, lá consegue retirar o carro do estacionamento, seguindo estrada fora a velocidade reduzida.

IT Girl suspira.

PC Man - Porque suspiras, darling?

IT Girl - Nada, nada my sweet love.

PC Man - Não, se suspiraste é porque tens alguma razão. Estás maldisposta “T”?

IT Girl - Não! Bem, é que… eu estava habituada a coisas mais rápidas…

PC Man - Mas, my love, you know, eu sou muito meticuloso!!!!

IT Girl - Sim… Sim… Não tem problema. Sabes, depressa e bem há pouco quem. Mas contigo é diferente. Tu és muito cuidadoso, fazes tudo by the book, por isso eu sinto-me muito mais segura e tranquila, dificilmente terei qualquer surpresa menos agradável contigo, my love. Look, vamos primeiro buscar a Laranjina e depois o Pedras.

PC Man - Ok, sweetie. A que danceteria vamos? Espero que a estrada não tenha muitas curvas.

IT Girl - Vamos a uma famosa aqui dos arredores. A “Abana o Kapa Sete”, my little bear. Não te preocupes com a estrada, nós sabemos que tu com as curvas ficas um pouco sea sick, por isso escolhemos um caminho só com vias rápidas para que tu possas ir devagar e quase sem curvas, pelo menos não tem curvas acentuadas.

PC Man - Thanks my darling, assim sinto-me muito melhor. Não há dúvida que te preocupas comigo, é por isso que I love you so much.

Chegam a casa de Laranjina. IT Girl faz-lhe uma chamada através do telemóvel.

IT Girl - Laranjina? Já chegamos. Desce depressa, porque ainda temos de ir buscar o Pedras.

Após breves minutos chega Laranjina. Como o carro só tem portas à frente, PC Man sai do seu lugar e deixa entrar Laranjina para o banco traseiro, depois de terem trocado um beijo de cumprimento.

PC retoma o seu lugar ao volante manifestando, mais uma vez, alguma dificuldade em entrar.

LaranjinaBora lá buscar o Pedras. Estou aqui que nem posso.

PC Man – Vamos lá, mas sossega um pouco, porque não quero gripar o motor ao carro.

IT Girl – Vá lá “P”, senão nem amanhã vamos dançar.

Depois de algumas referências ao atraso e já meio irritado, lá arranca PC Man rumo à casa do Pedras depois de mais um compasso de espera para o PC verificar, novamente, a comutação de luzes dos faróis!!!

E, for fim, por volta das três da manhã, chegam à tão afamada dancetaria de ritmos calientes. Pedras é o rei da festa, pois é conhecido de todas e, sobretudo, invejado por todos. No entanto, nessa noite apenas prestou atenção à sua Laranjina, embora tenha piscado, aqui e ali, o olhito malandro a uma ou outra conhecida, fazendo-lhes gestos com a mão por trás das costas de Laranjina, como que dizendo: “Tenham calma gatinhas, porque há mais marés do que marinheiros!

PC Man, mais comedido, e IT Girl mostraram que dominavam bem a arte da dança. Mesmo assim, IT precisou de, uma vez ou outra, acelerar o passo de PC, pois este tinha uma certa tendência para abrandar o ritmo, sobretudo sempre que os dois corpos se colavam mais um pouquinho.

PC Man e IT Girl chegaram a casa por volta das oito da manhã, depois de distribuírem o Pedras e a Laranjina pelas respectivas casas. Os 20 km do percurso de regresso demoraram cerca de hora e meia a ser percorridos!

Felizmente era sábado de manhã e ainda não havia trânsito!

Estado de Direito? Ou o Estado a que isto Chegou?



"Nos arredores de Lisboa, Augusta, que teria hoje 96 anos, morreu sem ninguém dar por nada. Nem família, nem amigos, nem serviços públicos. Uma vizinha, apenas ela, bateu a todas as portas que pôde, por estranhar a sua ausência. Da família, da GNR, de todos, apenas a indiferença. Nem a segurança social, nem os serviços de saúde. Ninguém. Era apenas uma velha num prédio de uns subúrbios. Passou oito anos a bater a portas. A burocracia impediu que alguém fizesse alguma coisa. A porta não podia ser arrombada. A GNR até gozou com a preocupação da vizinha. Coisas de velhos, terão pensado.

Mas Augusta, cidadã portuguesa, era também contribuinte. E aí deram por falta dela. Tinha uma dívida. Sem um único contacto, a frieza da máquina leiloou o seu apartamento. Quando os novos donos chegaram, a porta foi finalmente arrumada. E lá estava Augusta, morta no chão da cozinha. Tinha morrido há oito anos sem que ninguém tivesse dado ouvidos à vizinha.

O que impressiona, para além da solidão que permite que alguém morra sem que ninguém dê por nada, é que o mesmo Estado que dá pelo não pagamento de uma dívida ao fisco não dê, não queira dar, pelo desaparecimento de um ser humano. Que o contribuinte exista, mas o cidadão não. Que quem tinha a obrigação de pagar impostos tenha deixado de existir nos seus direitos. A metáfora é macabra. Mas é poderosa. Este Estado que não se esquece - não se deve esquecer - de nós quando é cobrador, mas para quem não existimos quando nos é devida alguma atenção.

Diz-se que só há duas coisas certas na vida: a morte e os impostos. Parece que para o Estado português só a segunda parte é verdadeira."

Publicado no Expresso Online

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dona Larangina encontra IT Girl

EPISÓDIO 2

Num qualquer hiper centro comercial da moda, apinhado de gente, numa tarde cinzenta, vagueiam Dona Larangina e IT Girl em sentido convergente.

Ao entrar numa loja de langerie chocam uma com a outra.

Em simultâneo, gritam: MAS A SENHORA PENSA QUE EU SOU INVISÍVEL?

IT Girl - Ah, és tu Larangina! Ia tão distraída que nem te reconheci. Desculpa.

Larangina - "T", mas que prazer encontrar-te! Vinha mesmo a pensar em ti.

IT Girl - Então porquê?

Larangina - Espera, mas que coisa é essa que trazes pendurada ao pescoço?

IT Girl - Bem, se queres que te diga a verdade… é que eu já dei para todos os peditórios, por isso resolvi pedir para o meu próprio.

Larangina - ?????

IT Girl - Foi conselho do Pepsi. Em tempo de crise... e olha... pode ser que dê para compensar umas falhas e comprar uns chocolatitos para a depressão.

Larangina - Está bem, mas confesso que fiquei surpreendida ao ver essa caixa pendurada no teu pescoço. Mas qual é a justificação que dás para esse teu peditório?

IT Girl - É um peditório a favor de todas as mulheres maltratadas pelos actuais ou antigos namorados ou maridos.

Larangina - Bem se é essa a razão pega lá cem euritos para o teu peditório. Mas não te deixes abater. Um destes dias encontrei o Água das Pedras. Andava a queixar-se do frio, como sempre, mas sugeriu-me irmos, no próximo fim-de-semana, a uma danceteria. Claro que eu aceitei logo. Sabes como sou doida por um pezinho de dança! Porque não vens também? Ajudava-te a combater essa nuvem negra que anda por cima de ti. Aposto que o Binho Tinto andou novamente a fazer das dele. Deita isso para trás das costas e traz o PC contigo.

IT Girl - O portátil? Porque é que eu deveria de levar o portátil?

Larangina - Não querida, o Pepsi!

IT Girl - Ah! Olha que não é má ideia! Sempre dá para aumentar o astral e eu li no meu signo que este fim-de-semana precisava de sair e divertir-me para relançar o meu amor.

Larangina - Então querida, sejamos positivas e vamos lá abanar o capacete.

IT Girl - Combinado.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A Educação do Nosso Descontentamento



Eu, Mário João Rietsch Monteiro, professor do Grupo de Recrutamento 400 (História – 3º Ciclo e Secundário) e do quadro do Agrupamento de Escolas de Campo, venho, desta forma, manifestar o meu desagrado pelo actual processo de Avaliação de Desempenho Docente, em particular, pela forma como é imposta a função de relator.

Não é minha intenção pedir escusa do cargo de relator, pois sei bem as consequências de tal acto, no entanto não posso deixar de manifestar a minha opinião relativamente ao processo de Avaliação de Desempenho Docente.

Não faz sentido esta, ou qualquer outra avaliação, no preciso momento em que a progressão na carreira foi suspensa sine die e o vencimentos da maioria dos docentes sofreu cortes significativos. É desta forma que se premeia o mérito?

Em minha convicção todos temos direito a manifestar a nossa opinião, por mais discordante que seja da maioria, pois discordar de opiniões é salutar e contribui para um alargamento de ideias, as quais poderão levar a encontrar soluções criativas para um processo burocrático e subjectivo, que não tem em conta o verdadeiro desempenho docente mas a compilação de evidências e a observação de um ou dois momentos de desempenho docente, sem que tal seja possível demonstrar que ocorre na generalidade das aulas dadas.

Discordar não é estar contra ninguém, mas sim contra alguma coisa. Já lá vai o tempo em alguém afirmava que “se não estás comigo, é porque estás contra mim”. A discordância é o princípio de uma dialéctica que conduzirá inevitavelmente a um diálogo construtivo em busca de soluções justas.

Discordo do processo de escolha dos relatores, imposto pela lei em vigor. Não escolhi, nem pretenda ser relator, nem sinto orgulho pela escolha, mas na realidade sou obrigado a cumprir uma função para a qual fui escolhido apenas pelo critério de antiguidade e para o qual não recebi qualquer formação específica, nem sinto qualquer apetência nem motivação, apenas a necessidade de cumprir uma tarefa a que sou obrigado, sem que sinta qualquer motivação para o fazer. Este processo de escolha dos relatores condena o livre-arbítrio e faz-me sentir como um prisioneiro de um sistema cada vez mais redutor do desempenho docente.

Não posso concordar com o facto de avaliado e avaliador concorrerem às mesmas quotas sem que estejam garantidos os princípios da isenção e de ausência de conflito de interesses. Deste modo irá haver, forçosamente, uma diminuição do trabalho cooperativo e colaborativo interpares e, consequentemente, aumentará a competição entre colegas do mesmo ofício sem que, objectivamente, tal traga qualquer benefício para o processo de ensino-aprendizagem ou para a qualidade do ensino.

Perante o exposto concluo que sou forçado a desempenhar um cargo, ou uma função, com a qual não concordo nem sinto qualquer motivação e que, por isso, a irei desempenhar de uma forma profissional, mas mecânica.

A Escola democrática morreu. Paz à sua alma.