Recebi recentemente do meu prezado amigo JBS, o mail que agora publico na íntegra, nem sempre concordo com as opiniões dele, mas os amigos não têm de estar sempre de acordo, mas como espaço de debate, democracia e liberdade aqui deixo o texto dele e quem quiser que se manifeste, porque, concorde-se ou não, é no debate em liberdade que nasce a luz.
MM
O texto foi enviado também ao CARLOS MAGNO, jornalista.
PORTO, 2008.02.01
Meu caro MM,
Estive ontem à noite no PASSOS MANUEL, numa, digamos, reunião de amigos do Porto, que o senhor conduziu muito bem com a boa colaboração do César e da D. .Júlia, que tinha inicialmente o objectivo de falar sobre o 31 de Janeiro de1891.
Em meu entender, sem ter a certeza de poder expressar-me assim, considero um falhanço grave da cidade e das suas figuras mais representativas, como é o seu caso e do César que aí esteve consigo, o facto de ter acontecido o que aconteceu ontem à noite.
Mais grave ainda terem feito parte deste imbróglio, pessoas tidas como grandes vultos da cultura da cidade do Porto como são o Prof. Doutor Júlio Machado Vaz e o Poeta Manuel António Pina.
Quanto a mim, foi praticado um acto de falta de respeito pela data de 31 de Janeiro de 1891.
Por outro lado, tentou-se, com a sua habilidade dar a volta ao texto, o que de certo modo foi conseguido, com uma plateia de boa assistência e interessada.
Mas interessada em quê?... Em recordar o passado dos cafés do Porto, o Café Piolho, nomeadamente que tem a ver com um passado que não volta mais...
Alferes Malheiro... nem uma palavra... sargento Abílio nem uma palavra. Saudade dos cafés, sim.
Foi uma reunião de amigos do Porto. Não tenho nada contra reuniões de amigos, mas será que são nossos amigos aqueles que só falam bem de nós?... Duvido Ontem à noite só se falou bem do Porto.. mas duvido que esses que assim o fizeram sejam amigos do Porto.
Vou dar um exemplo do blogue "A Bússola" dirigido por Manuel Serrão, Júlio Magalhães e outros, o Rogério Gomes fez publicar o post, com o título, "O Norte, a Universidade e a Informação", donde concluiu que "a iniciativa liderada pela Universidade do Porto (a maior do País, sabiam?) com o objectivo de discutir o futuro do Norte, foi de relativo pouco relevo...
E questiona-se porquê se afinal estavam lá Artur Santos Silva, Rui Moreira, Carlos Lage , Rui Rio, o reitor da UP, e muitas outras figuras do Porto e do Norte. .
Por falta de espaço ou excesso de agenda? Não faltaram temas bem menos interessantes a ocupar páginas e minutos de rádio e de televisão.
Por outro lado, diz Manuel Serrão em artigo de opinião publicado no JN: "Só a Regionalização permitirá a "emancipação política" do Norte, era o título que encabeçava a notícia que o JN publicou ontem sobre o terceiro encontro "Porto Cidade Região", que também ontem terminou no Palácio da Bolsa.
Nada mais verdadeiro, sobre isso, diz ainda Manuel Serrão."...
Depois na imprensa, JN nomeadamente, pude ler as palavras proferidas pelo Reitor da UP, Professor Doutor José Marques dos Santos, que foram: "Basta de lamúrias e bairrismos serôdios", e disse, ainda: "Perante a ausência de órgãos regionais com legitimidade democrática, a sociedade civil nortenha, não tem outra via para liderar o processo de desenvolvimento, que não seja a coopetição (COOPERAÇÃO e COMPETIÇÃO) entre instituições, de forma a gerar massa crítica."
Três opiniões válidas mas não coincidentes. Das três a que vale mais, em minha opinião, é a do Reitor, porque eu também penso assim. E esta é, uma frase que vem de um verdadeiro amigo do Porto, que deveria ser analisada, pelas forças da cidade. Mas imprensa calou-se...
Pelos vistos o Porto não quer saber...
Como MST não quer saber das declarações de Carolina Salgado.
O que é estranho, porque o Porto de Mestre Aquilino Ribeiro, o Porto queria saber ... melhor, o Porto, precisava de saber....
Hoje não é assim. PORQUÊ?...
É tudo.
Apresento-lhe os meus cumprimentos.
João Manuel de Brito de Sousa.
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