Não acredito!
Não sei!
Quem acredita,
que me ensine a acreditar.
Quem sabe,
que me ensine a saber.
Não quero acreditar.
Não quero saber.
Prefiro duvidar!
quarta-feira, 20 de julho de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Resultados dos Exames Nacionais (9º Ano)
Foram hoje tornados públicos os resultados dos Exames Nacionais de Língua Portuguesa e Matemática do 9º Ano de Escolaridade.
Os resultados são assustadores: Língua Portuguesa 44% de níveis inferiores a 3; Matemática 58% de níveis inferiores a 3, sendo que 18% obtiveram nível 1, isto é, não conseguiram ultrapassar os 19% numa escala de 0 a 100%.
Analisei ambas as provas e, na minha opinião, nenhum deles apresenta um grau de dificuldade elevado. Se na Língua Portuguesa era essencial a concentração dos alunos e a leitura integral dos textos e perguntas, pois uma percentagem elevada das questões eram de âmbito interpretativo, na matemática o acento tónico era a interpretação e o raciocínio, não exigindo cálculos muito complexos.
Nos últimos anos temos vindo a observar que a situação tem piorado, mas este ano os resultados são assustadores. Os alunos que agora terminam o 9º ano, estavam no 7º ano quando foi nomeada para Ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues. Costumo afirmar, em tom irónico, que estes alunos fazem parte da geração marilú. A verdade é que a situação se já não era boa antes da famigerada ministra, piorou, e de que maneira, com as reformas que a ministra de má memória tentou implementar na política educativa.
Como é possível alcançar sucesso escolar, quando as reformas introduzidas não passam da diabolização do professor, estigmatizando-o e responsabilizando-o integralmente pelo o insucesso dos seus alunos. Criou o caos nas escolas bem de acordo com a doutrina do choque tão cara aos neo-liberais. Fez cavalo de batalha, até muito tarde, do princípio de que o sucesso escolar dos alunos seria factor determinante na avaliação do desempenho docente (de forma acrítica e redutora).
A ministra que a substituiu, a ministra pseudónimo, continuou, nas suas linhas gerais a aventura da política educativa anterior, acrescentando-lhe confusão e acentuando o carácter arbitrário e subjectivo do processo de avaliação docente.
Quanto ao actual ministro, Nuno Crato, apesar de se encontrar ainda em estado de graça, não se pode esperar grandes alterações. É, tal como os anteriores, um neo-liberal, portanto adepto da doutrina do choque. A ideia de fazer implodir o ministério não passou de um fait diver, numa altura em que era politicamente correcto dizer mal do Ministério da Educação, mesmo que duma forma acrítica. Neste sentido insere-se também a tentativa do actual partido do Governo, o PSD, fazer uma tentativa de, em final de legislatura, pôr fim ao actual modelo de processo de avaliação do desempenho. Não que esta atitude fosse incorrecta, mas porque não rejeitou este modelo na altura própria, nem faz qualquer tentativa de, na actual legislatura, reverter este processo absurdo. Os professores não recusam a avaliação, mas sim a forma como está estruturado o actual modelo de avaliação. Só se deixa enganar quem quer.
O que se pode esperar de uma escola onde os professores se desdobram em actividades de enriquecimento curricular, muitas vezes como forma de disfarçar ou mascarar o insucesso, muitas vezes mais movidos pelo medo, sobretudo os professores contratados, em vez de investir, a escola e as políticas educativas, no que se passa dentro da sala de aula; duma escola em que se responsabiliza o professor, quase integralmente, pelo sucesso/insucesso dos alunos e se desresponsabilizam os encarregados de educação e os próprios alunos; duma política educativa em que se dão todas as condições à escola privada e se deixa degradar a escola pública, com a falácia da livre escolha; duma escola em que o principal objectivo é o sucesso dos alunos sem exigir rigor nas aprendizagens e responsabilização de pais, encarregados de educação e dos próprios alunos. Sim, o que se pode esperar desta escola?
O que dizer de uma escola que aposta na penalização dos professores, em vez de apostar na sua formação?
Quando o ministério pretende resultados deve lembrar-se que também é agente da transformação e para isso deve proporcionar os meios e as condições para a melhoria do desempenho docente e, consequentemente do sucesso escolar.
Usa e abusa o ministério de dados estatísticos, não com o objectivo de ajudar os profissionais da educação a encontrar alternativas, mas sim com o objectivo de os acusar de todos os males do processo de ensino/aprendizagem. As estatísticas têm diversas leituras e são um meio auxiliar para encontrar soluções, não um fim em si mesmo, o qual tem servido ao Ministério da Educação para intoxicar e manipular a opinião pública.
Na escola actual vemos exemplificada a doutrina do choque dos neo-liberais, de Milton Friedman e da Escola de Chicago, aplicados à educação.
Os resultados são assustadores: Língua Portuguesa 44% de níveis inferiores a 3; Matemática 58% de níveis inferiores a 3, sendo que 18% obtiveram nível 1, isto é, não conseguiram ultrapassar os 19% numa escala de 0 a 100%.
Analisei ambas as provas e, na minha opinião, nenhum deles apresenta um grau de dificuldade elevado. Se na Língua Portuguesa era essencial a concentração dos alunos e a leitura integral dos textos e perguntas, pois uma percentagem elevada das questões eram de âmbito interpretativo, na matemática o acento tónico era a interpretação e o raciocínio, não exigindo cálculos muito complexos.
Nos últimos anos temos vindo a observar que a situação tem piorado, mas este ano os resultados são assustadores. Os alunos que agora terminam o 9º ano, estavam no 7º ano quando foi nomeada para Ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues. Costumo afirmar, em tom irónico, que estes alunos fazem parte da geração marilú. A verdade é que a situação se já não era boa antes da famigerada ministra, piorou, e de que maneira, com as reformas que a ministra de má memória tentou implementar na política educativa.
Como é possível alcançar sucesso escolar, quando as reformas introduzidas não passam da diabolização do professor, estigmatizando-o e responsabilizando-o integralmente pelo o insucesso dos seus alunos. Criou o caos nas escolas bem de acordo com a doutrina do choque tão cara aos neo-liberais. Fez cavalo de batalha, até muito tarde, do princípio de que o sucesso escolar dos alunos seria factor determinante na avaliação do desempenho docente (de forma acrítica e redutora).
A ministra que a substituiu, a ministra pseudónimo, continuou, nas suas linhas gerais a aventura da política educativa anterior, acrescentando-lhe confusão e acentuando o carácter arbitrário e subjectivo do processo de avaliação docente.
Quanto ao actual ministro, Nuno Crato, apesar de se encontrar ainda em estado de graça, não se pode esperar grandes alterações. É, tal como os anteriores, um neo-liberal, portanto adepto da doutrina do choque. A ideia de fazer implodir o ministério não passou de um fait diver, numa altura em que era politicamente correcto dizer mal do Ministério da Educação, mesmo que duma forma acrítica. Neste sentido insere-se também a tentativa do actual partido do Governo, o PSD, fazer uma tentativa de, em final de legislatura, pôr fim ao actual modelo de processo de avaliação do desempenho. Não que esta atitude fosse incorrecta, mas porque não rejeitou este modelo na altura própria, nem faz qualquer tentativa de, na actual legislatura, reverter este processo absurdo. Os professores não recusam a avaliação, mas sim a forma como está estruturado o actual modelo de avaliação. Só se deixa enganar quem quer.
O que se pode esperar de uma escola onde os professores se desdobram em actividades de enriquecimento curricular, muitas vezes como forma de disfarçar ou mascarar o insucesso, muitas vezes mais movidos pelo medo, sobretudo os professores contratados, em vez de investir, a escola e as políticas educativas, no que se passa dentro da sala de aula; duma escola em que se responsabiliza o professor, quase integralmente, pelo sucesso/insucesso dos alunos e se desresponsabilizam os encarregados de educação e os próprios alunos; duma política educativa em que se dão todas as condições à escola privada e se deixa degradar a escola pública, com a falácia da livre escolha; duma escola em que o principal objectivo é o sucesso dos alunos sem exigir rigor nas aprendizagens e responsabilização de pais, encarregados de educação e dos próprios alunos. Sim, o que se pode esperar desta escola?
O que dizer de uma escola que aposta na penalização dos professores, em vez de apostar na sua formação?
Quando o ministério pretende resultados deve lembrar-se que também é agente da transformação e para isso deve proporcionar os meios e as condições para a melhoria do desempenho docente e, consequentemente do sucesso escolar.
Usa e abusa o ministério de dados estatísticos, não com o objectivo de ajudar os profissionais da educação a encontrar alternativas, mas sim com o objectivo de os acusar de todos os males do processo de ensino/aprendizagem. As estatísticas têm diversas leituras e são um meio auxiliar para encontrar soluções, não um fim em si mesmo, o qual tem servido ao Ministério da Educação para intoxicar e manipular a opinião pública.
Na escola actual vemos exemplificada a doutrina do choque dos neo-liberais, de Milton Friedman e da Escola de Chicago, aplicados à educação.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Yes, We can do it!
People first! Yes, we can do it! - ALF-Anti-Liberalism Front
(As pessoas primeiro! Sim, nós conseguimos fazê-lo! FAL-Frente Anti-Liberal)
Subscrever:
Mensagens (Atom)