Reflexões:
1. A inovação tecnológica e a competitividade desregulamentada dos mercados de trabalho apresentam ou não, para os últimos 20 anos, uma tendência contínua para o aumento progressivo de excluídos. (desempregados)?
2. Qual a alternativa a esta questão: (maior produção, mais produtos, mais desempregados, menos consumidores solventes)?
3. As bolsas de valores, tem demonstrado, ou não, serem bolsas de especulação financeira e de manipulação das economias mais frágeis?
4. Que fazer para defender as populações das orientações desonestas e interessadas dadas aos investidores que nelas acreditam, vendendo papeis de valor mais que duvidoso e incutindo nas populações a pedagogia da especulação, sem trabalho produtivo.
5. Que fazer para equilibrar os níveis de vida das populações que vivem de actividades do sector primário em relação com as que actuam nos outros sectores da economia, sem este equilíbrio, não pode haver coesão social nem paz.
6. Como organizar a sociedade para que toda a riqueza criada seja a expressão da produção real de bens e ou serviços e não meros exercícios de “criatividade financeira virtual”.
7. Que fazer, para acabar com o anonimato e consequente desresponsabilização dos agiotas que nada produzem e se servem do dinheiro de outrem para gerar mais dinheiro (fictício) e deste, para extorquir os resultados de quem produz efectivamente riqueza?
8. Que fazer para que nenhuma entidade nacional humana possa consumir mais energia e recursos naturais que aqueles que pode produzir, sem provocar desequilíbrios ambientais.
9. Que fazer para conceber um sistema seguro, fiável e barato, para guardar o dinheiro daqueles que prefiram usar esses “cofres”
10. Que fazer, para que a nível planetário, os
Excedentes de uns, sirvam para a solidariedade com os mais necessitados, e não para sustentar a guerra e a exploração dos mais débeis.
11.Que fazer, para que cada nação ou estado, conheça os limites das suas possibilidades e só os ultrapasse quando estejam reunidas as solidariedades reais e necessárias capazes de as sustentar, sem gerar encargos ou
dependências materiais, morais ou de soberania.
12.Se a posse de dinheiro se transformar ( sem resistência ) no valor supremo para o objectivo da realização da Humanidade, e regra absoluta para o reconhecimento de capacidades de governação; a sua híper-concentração na mão de descontroladas minorias, transformará a raça Humana numa
raça outra, de escravidão, onde não valerá a pena viver!
- Que fazer para contrariar esta tendência?
Três questões
A).
A presente crise, é do euro, da Europa, ou simplesmente e apenas uma consequência temporã do modelo social dominante, aqui sentida
com maior impacto, por ser uma das zonas do Mundo onde o modelo, por mais evoluído, mostra mais cedo as suas incontornáveis limitações?
B).
As CRISES europeias, são crises essencialmente devidas a más práticas
governativas e maus governos, que possamos resolver mudando de governantes;
- ou são CRISES devidas ás erradas formas dominantes e generalizadas de pensar a
organização das nossas sociedades? - Crises de modelo de sociedade e de
regimes apenas formalmente democráticos?
C).
Se for este o caso, como encarar as “lutas” partidárias no presente contexto? –
Que alternativa…(Sem entrar no jogo das alternâncias).?
Porquê ocupar o nosso tempo a tentar recuperar velhos instrumentos ?
Camilo Mortágua
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