segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Absurdo

Cena passada numa sessão de formação sobre o Siadap para directores e adjuntos. Actores: uma rapariga, recém saída do Instituto Superior de Economia e Gestão, portadora de cartão do PS e com um longo currículo na JS; directores e adjuntos dos directores.

Depois de a rapariga perorar sobre a modernização da administração pública, teve lugar a apresentação de exemplos sobre como recolher evidências para avaliar os funcionários da escola.

A rapariga exemplifica: "Tragam sempre no bolso ou na carteira um bloco de notas. Sempre que identificam alguma omissão, erro ou má prática de um funcionário, façam a respectiva anotação no caderno. Descrevam a situação e coloquem a data e a hora. Depois, vão ter com o funcionário responsável pela omissão, erro ou má prática e procedam à leitura da ocorrência. Por fim, digam ao funcionário para dizer que tomou conhecimento e assinar. Reúnam todas as evidências e utilizem-nas na fase final do processo de classificação de serviço".

A rapariga disse isto sem corar. Pior: nenhum dos directores e adjuntos presentes foi capaz de dizer à rapariga que o conselho que ela deu faz dos directores e adjuntos vulgares bufos e tem como consequência a criação de um clima de ódio no local de trabalho.
Ora digam lá se correr com esta gente dos gabinetes e corredores do Poder não é uma medida de bom senso sanitário?

3 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Regressamo aos bufos Mário. Estou muito preocupada com a direita. Este governo faz-lhe o trabalhinho todo.
Um beijão maninho.

Letita disse...

Pois é... Mas pelo menos foi aberta e honesta. O problema são aqueles que já o fazem sem o caderno de notas e nem sequer admitem que o fazem, numa atitude de total cobardia e desonestidade...

Elisabete disse...

Palavras para quê? Até dói perceber a pequenez dessa gente a quem está entregue o país.