Foi um sonho lindo que acabou...
Houve aí alguém que se enganou!
...e o País ficou mais cinzento.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Silêncio
O silêncio é o meu caminho.
Cá dentro um grito ensurdecedor, lá fora um muro de silêncio.
A minha vida desenrola-se no fio da navalha, para lá do horizonte do razoável.
A minha vida é uma contradição.
A minha vida é sempre aquela pequena coisa que ficou por fazer. É estar aquém do além, ou além do aquém.
A minha vida é a oportunidade perdida. O tudo ou o nada, não tenho meio termo. Sei o que quero, mas não quero o que quero. Sei o que não quero, mas quero o que não quero.
A minha vida é um desperdício. Nunca devia ter existido, aliás estou convencido que não existo, pois só quem não existe se dá ao luxo de desperdiçar a vida.
No fim do caminho fica o grito, aquele que não se consegue gritar.
Um grito de silêncio! Ensurdecedor!
Cá dentro um grito ensurdecedor, lá fora um muro de silêncio.
A minha vida desenrola-se no fio da navalha, para lá do horizonte do razoável.
A minha vida é uma contradição.
A minha vida é sempre aquela pequena coisa que ficou por fazer. É estar aquém do além, ou além do aquém.
A minha vida é a oportunidade perdida. O tudo ou o nada, não tenho meio termo. Sei o que quero, mas não quero o que quero. Sei o que não quero, mas quero o que não quero.
A minha vida é um desperdício. Nunca devia ter existido, aliás estou convencido que não existo, pois só quem não existe se dá ao luxo de desperdiçar a vida.
No fim do caminho fica o grito, aquele que não se consegue gritar.
Um grito de silêncio! Ensurdecedor!
domingo, 23 de novembro de 2008
Luís Veiga Leitão
Deixo-vos aqui uma bela quadro retirada de um pequeno poema escrito, nos anos 50, nos calabouços da PIDE, por Luís Veiga Leitão.
É certo que ao truncar o poema permito milhares de interpretações, por isso lanço aqui um desafio, prometendo que dentro de alguns dias publicarei o poema na íntegra.
O desafio é, a quem ou a quê terá dedicado Luís Veiga Leitão o poema que começa com esta quadra:
Nesta parede que me veste
da cabeça aos pés, inteira,
bem hajas companheira,
as viagens que me deste.
É certo que ao truncar o poema permito milhares de interpretações, por isso lanço aqui um desafio, prometendo que dentro de alguns dias publicarei o poema na íntegra.
O desafio é, a quem ou a quê terá dedicado Luís Veiga Leitão o poema que começa com esta quadra:
Nesta parede que me veste
da cabeça aos pés, inteira,
bem hajas companheira,
as viagens que me deste.
Vilancete
De dia, penteio a minha dor
À noite, lavo as minhas mágoas
Da luz líquida dos teus olhos
Fiz o meu espelho de água:
De dia, penteio a minha dor
À noite, lavo as minhas mágoas
À noite, lavo as minhas mágoas
Da luz líquida dos teus olhos
Fiz o meu espelho de água:
De dia, penteio a minha dor
À noite, lavo as minhas mágoas
Luís Veiga Leitão/87
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Dia P
Amanhã, 15 de Novembro é o dia P de Professor.
Amanhã não existe a estrutura sindical que, com a sua logística, tem capacidade para mobilização dos Professores e usando-a, e bem, conseguiu mobilizar 120 mil professores para a Manifestação Nacional de Professores do passado dia 8 do corrente.
Amanhã é necessário que todos os professores demonstrem o seu direito à indignação e a sua recusa em, individual ou colectivamente, demonstrarem o seu real repúdio pelos atentados à educação e à carreira docente que o actual Ministério da Educação e Governo teimam em querer concretizar.
Amanhã é dia de sacrifício e de luta.
Amanhã todos temos a obrigação de estar presentes e dizer claramente NÃO a esta política educativa.
Amanhã é dia de todos os professores demonstrarem a sua cidadania.
Amanhã é dia de revolta.
Amanhã não existe a estrutura sindical que, com a sua logística, tem capacidade para mobilização dos Professores e usando-a, e bem, conseguiu mobilizar 120 mil professores para a Manifestação Nacional de Professores do passado dia 8 do corrente.
Amanhã é necessário que todos os professores demonstrem o seu direito à indignação e a sua recusa em, individual ou colectivamente, demonstrarem o seu real repúdio pelos atentados à educação e à carreira docente que o actual Ministério da Educação e Governo teimam em querer concretizar.
Amanhã é dia de sacrifício e de luta.
Amanhã todos temos a obrigação de estar presentes e dizer claramente NÃO a esta política educativa.
Amanhã é dia de todos os professores demonstrarem a sua cidadania.
Amanhã é dia de revolta.
- Depois de amanhã é dia de continuar a luta nas escolas!
- Contra o ECD!
- Contra este modelo de avaliação da carreira docente!
- Pela qualidade do ensino em Portugal!
- Pelo diálogo e pela firmeza!
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
O Rei vai Nu
Ouvi esta manhã no noticiário que o Senhor José Sócrates afirmou que os Professores não querem ser avaliados.
Fiquei estupefacto. O rei da demagogia e do populismo serôdio, o príncipe da casta política, tenta atirar com poeira para os olhos dos Portugueses. Já não bastava termos de aturar uma Dona Maria de Lurdes que, completamente baralhada das ideias pede, em plena Assembleia da República, desculpa aos Professores, mas nada faz para emendar o seu erro. Sim porque só se pede desculpa quando se reconhece que se errou e as desculpas servem para emendar o erro, não para o acentuar.
Quem não quer ser avaliado é o senhor engenheiro de pacotilha, cuja licenciatura já foi amplamente glosada a seu tempo.
Os Professores nunca disseram que não queriam ser avaliados, bem pelo contrário, querem sim uma avaliação testada no terreno, desburocratizada, justa, equilibrada, objectiva, formativa e que acrescente algo à qualidade do ensino. Nada disto é o que está descrito no actual diploma sobre a avaliação dos Professores.
Os Professores querem ser parte activa e não agentes passivos da avaliação. Os Professores querem ser cidadãos.
Os Professores lutam por um Estatuto da Carreira Docente que dignifique a profissão docente. Lutam por uma avaliação honesta porque despida de factores subjectivos tanto quanto possível e regida por princípios pedagógicos e científicos e não economicistas. Lutam por uma escola apetrechada e equipada para os novos desafios do desenvolvimento. Lutam por uma Escola que ande à frente e não a reboque da sociedade. Lutam pela melhoria da qualidade do ensino em geral e pela formação de cidadãos, não de seres acríticos e facilmente manipuláveis pelo poder.
A ignorância e o obscurantismo tem os dias contados o futuro será dos que se orgulharão de ser cidadãos de corpo inteiro.
Este, ao contrário do outro Sócrates, só sabe que tudo sabe. Este é o protótipo da arrogância, da demagogia. Este usa a oratória de forma exímia com o fim último de politicamente enganar, ludibriar, tal como qualquer menino mimado que não gosta de ser contrariado, julga-se mais esperto do que os outros porque consegue que eles façam aquilo que ele pretende.
Não, o Senhor Sócrates não conseguirá continuar a enganar os Portugueses. Já dizia Churchill: "há quem consiga enganar muita gente durante muito tempo, mas ninguém consegue enganar toda a gente durante todo o tempo".
Já lá vejo ao longe o cavalo branco, em cima dele cavalga o rei mas, ao contrário do que pensa, o rei vai nu.
Fiquei estupefacto. O rei da demagogia e do populismo serôdio, o príncipe da casta política, tenta atirar com poeira para os olhos dos Portugueses. Já não bastava termos de aturar uma Dona Maria de Lurdes que, completamente baralhada das ideias pede, em plena Assembleia da República, desculpa aos Professores, mas nada faz para emendar o seu erro. Sim porque só se pede desculpa quando se reconhece que se errou e as desculpas servem para emendar o erro, não para o acentuar.
Quem não quer ser avaliado é o senhor engenheiro de pacotilha, cuja licenciatura já foi amplamente glosada a seu tempo.
Os Professores nunca disseram que não queriam ser avaliados, bem pelo contrário, querem sim uma avaliação testada no terreno, desburocratizada, justa, equilibrada, objectiva, formativa e que acrescente algo à qualidade do ensino. Nada disto é o que está descrito no actual diploma sobre a avaliação dos Professores.
Os Professores querem ser parte activa e não agentes passivos da avaliação. Os Professores querem ser cidadãos.
Os Professores lutam por um Estatuto da Carreira Docente que dignifique a profissão docente. Lutam por uma avaliação honesta porque despida de factores subjectivos tanto quanto possível e regida por princípios pedagógicos e científicos e não economicistas. Lutam por uma escola apetrechada e equipada para os novos desafios do desenvolvimento. Lutam por uma Escola que ande à frente e não a reboque da sociedade. Lutam pela melhoria da qualidade do ensino em geral e pela formação de cidadãos, não de seres acríticos e facilmente manipuláveis pelo poder.
A ignorância e o obscurantismo tem os dias contados o futuro será dos que se orgulharão de ser cidadãos de corpo inteiro.
Este, ao contrário do outro Sócrates, só sabe que tudo sabe. Este é o protótipo da arrogância, da demagogia. Este usa a oratória de forma exímia com o fim último de politicamente enganar, ludibriar, tal como qualquer menino mimado que não gosta de ser contrariado, julga-se mais esperto do que os outros porque consegue que eles façam aquilo que ele pretende.
Não, o Senhor Sócrates não conseguirá continuar a enganar os Portugueses. Já dizia Churchill: "há quem consiga enganar muita gente durante muito tempo, mas ninguém consegue enganar toda a gente durante todo o tempo".
Já lá vejo ao longe o cavalo branco, em cima dele cavalga o rei mas, ao contrário do que pensa, o rei vai nu.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Portofólios e Computadores, a "originalidade" Portuguesa - O ABISMO
No Chile, de onde foi importado o processo de avaliação dos professores, apregoado como um modelo original do Ministério da Educação, tal como o Magalhães, o tal computador "português", assim vão as coisas, mas nós por cá todos bem.
Portofólios a granel no Chile.
O Jump PC também podia chamar-se Colombo PC ou James Cook PC.
Agora comparem o Jump PC com o computador "português"... o Magalhães PC.
Como diz um amigo meu isto é só a cor do horto gráfico.
Depois disto só mesmo o ABISMO
Portofólios a granel no Chile.
O Jump PC também podia chamar-se Colombo PC ou James Cook PC.
Agora comparem o Jump PC com o computador "português"... o Magalhães PC.
Como diz um amigo meu isto é só a cor do horto gráfico.
Depois disto só mesmo o ABISMO
domingo, 9 de novembro de 2008
Depois da Euforia
Acabada a manifestação de ontem, outra se avizinha: a do dia 15 de Novembro. Nesta os professores devem, tal com na de 8 de Novembro, comparecer em força. Não podemos deixar que os argumentos demagógicos de manipulação político-sindical colham adeptos junto da opinião pública.
A luta dos Professores extrapola largamente a luta político-sindical que o Governo pretende explorar. Isso é conversa de políticos e da casta política e é usada normalmente por ambas as partes. É uma espécie de jogos florais da dialéctica político partidária.
A luta dos professores é uma luta pela qualidade do ensino e não a de se colocarem ao serviço de organismos político-partidários, sejam eles quais forem. É preciso separar as águas. São bem-vindos todos os apoios à luta dos professores, mas bem-vindos não quer dizer que os Professores se deixem manipular ou se encontrem ao serviço daqueles.
É preciso desmascarar a mensagem demagógica que a Dona Maria de Lurdes tentou passar para a opinião pública.
Uma reforma, seja ela qual for, deve ser pensada. Pensada e elaborada com aqueles a que se destina e que a vão aplicar.
Ninguém pode ser avaliador à força. Não é verdade que as escolas não estejam atafulhadas de burocracia inútil. Não é totalmente verdade que sejam os agora designados pela Dona Maria de Lurdes de professores séniores que estejam a avaliar os, provavelmente, professores júniores.
Não tenho dúvidas de que, para bem da qualidade do ensino, seja necessária uma profunda reforma. Uma reforma negociada directamente com os professores, testada nas escolas e com os professores, para evitar ao máximo as injustiças que uma nova estruturação de carreira e um novo processo de avaliação trará. Não sou defensor de uma avaliação externa, mas sim de uma avaliação interna feita por aqueles que querem avaliar e não por avaliadores feitos à pressa, que não têm vocação para avaliar os colegas nem o pretendem fazer, isto apesar das lavagens ao cérebro a que os professores avaliadores têm estado sujeitos nos últimos meses, com sessões intensivas de formação "colada a cuspe", com se fosse possível mudar mentalidades e criar, como que por geração espontânea, milhares de avaliadores que não o querem ser.
Qualquer professor está habituado a avaliar, por isso sabe bem quais as dificuldades da avaliação e o seu carácter subjectivo. Por isso sabe que o processo de avaliação deve ser perfeitamente amadurecido e testado. Não são necessárias pressas. A pressa é inimiga da perfeição. Uma avaliação numa fase de transição deve, sem sombra de dúvida, ser formativa nunca punitiva. Não é ameaçando com o quadro de indisponíveis, ou mesmo o desemprego, milhares de professores em fim de carreira que o Ministério vai arranjar aliados. Não é excluindo do processo de avaliadores milhares de professores competentes simplesmente porque são ligeiramente mais novos. Não é colocando professores de EVT a avaliar professores de Educação Musical, professores de História a avaliar professores de Geografia, professores de Ciências a avaliar professores de Matemática e outras aberrações no género.
Em primeiro lugar deve ser criado o perfil do avaliador, o qual deverá ser exaustivo a definir competências pedagógicas, científicas e humanas do avaliador; testar as competências do pretenso avaliador, que deverá ser voluntário e baseado em critérios de qualidade pessoal, humana, pedagógica e científica e não baseado no pressuposto de que a idade e a experiência são suficientes para fazer professores capazes de avaliar outros professores. A experiência é sem dúvida um critério importante, mas não pode ser o mais importantes, nem muito menos o único. Não estamos na Pré-História.
Não é verdade, pelo menos totalmente verdade, que sejam os eufemisticamente tratados agora por professores séniores que avaliam os agora ditos professores júniores. Muitos séniores são avaliados por colegas mais novos, com menos anos de serviço e, portanto, na lógica da Dona Maria de Lurdes com menos experiência. Passo a explicar: tiveram acesso à carreira de Professor Titular (agora designados pela Dona Maria de Lurdes por professores séniores!... Provavelmente vão passar a ter desconto nos passes sociais e nas visitas a museus!!??...), os professores que se encontravam, na altura, nos 8º, 9º e 10º escalões.
Os que se encontravam no 10º escalão passavam automaticamente a professores titulares desde que tivessem determinada pontuação relativa aos cargos desempenhados nos últimos 7 anos. Na prática todos passaram à categoria de Professor Titular, pois mesmos os poucos que não atingiram aquela pontuação acabaram por ser integrados na nova carreira, pois não fazia sentido que professores que já se encontravam no topo da carreira não fossem considerados Professores Titulares.
Os professores dos antigos 8º e 9º escalões podiam concorrer àquela categoria desde que tivessem determinada pontuação (superior à dos que se encontravam no 10º escalão) e desde que houvesse vagas, as quais eram estabelecidas pelo Ministério para cada escola. Muitos professores dos 8º e 9ºescalões optaram por não concorrer, porque pretendiam principalmente dar aulas em vez de avaliar os colegas (grande parte destes ficaram duplamente prejudicados, não ascenderam à categoria de Professor titular e, mais tarde, por falta de professores titulares suficientes para avaliação dos colegas do respectivo Departamento Curricular, foram obrigados, ou são obrigados, a ir avaliar, aquilo de que, por vontade própria, tinham abdicado com prejuízo da própria carreira. Depois há aqueles que concorreram e tinham pontuações superiores às exigidas, mas não ascenderam à categoria de Professor Titular, porque o Ministério estabeleceu cotas e portanto só um determinado número de professores podia ascender àquela categoria. Por outro lado, em alguns Departamentos Curriculares, por falta de candidatos que cumprissem as exigências do Ministério, ficaram como Professores Titulares colegas que tinham pontuações muito inferiores às exigidas.
Portanto a confusão e o factor sorte e arbitrário foi o que reinou. Uns ficaram Titulares porque o números de vagas (cotas), [já agora talvez a Dona Maria de Lurdes em conversa de café use a terminologia professor cota em vez de professor sénior], o permitiu, independentemente das opções obtidas, enquanto que outros se viram excluídos, apesar de reunirem as condições exigidas, porque tiveram o azar de estar colocados numa escola onde as vagas o não permitiram, mas se estivessem na escola vizinha já teriam sido "elevados" à categoria de Professor Titular.
As escolas estão de facto atafulhadas em burocracia, basta passar umas horitas numa qualquer escola para perceber este facto. Se a Dona Maria de Lurdes sabe deste facto, como o afirmou ontem frente às câmaras de televisão e diz que a culpa é das escolas e dos seus órgãos de gestão, esquecendo que os órgãos de gestão estão a tentar cumprir as directivas vindas directamente do ministério ou dos seus órgãos intermédios. Mas se sabe e não pretende usar de demagogia, porque será que nada faz para esclarecer a situação, para normalizar o funcionamento das escolas? Porque aparece com o argumento da autonomia das escolas, quando a autonomia que as escolas têm só serve para aligeirar as responsabilidades do próprio Ministério e, portanto, para arranjar bodes expiatórios, justificações para o fracasso e a incompetência do próprio Ministério, porque quando é de facto necessária autonomia ela nunca é concedida ou reconhecida?
Os professores estiveram 2/3 anos com a progressão na carreira congelada e a nova carreira docente estabelecida no novo ECD ignorou completamente, o tempo perdido pela maioria dos professores, "esquecendo-se" de os integrar na carreira antes de introduzir uma nova, quando ainda por cima os professores nem pediam efeitos retroactivos, apenas que lhes fosse considerando o tempo de serviço prestado de forma a serem colocados no escalão a que tinham direito.
Atropelos aos mais elementares direitos dos Professores, prepotência, autismo e demagogia é o apanágio dos diversos Ministérios da Educação, e não só deste em particular, entenda-se.
Pela revisão séria do ECD, pela instituição de um regime justo e equilibrado de avaliação, não pela imposição de modelos caducos, terceiro-mundistas que, tal como o Magalhães, se arvoram em originais e nacionalistas!
Por uma eficaz luta contra o abandono escolar sem penalização dos professores, pois a responsabilidade destes não é nenhuma. Não será que o problema da educação ultrapassa largamente o da política de educação para ser um problema de uma política de desenvolvimento baseada em pressupostos errados ou em incompetência governativa dos problemas sociais de fundo: emprego precário, desemprego, etc.
Uma palavra para os Sindicatos. Os sindicatos são fundamentais, a lei assim nos obriga. Qualquer luta dos professores tem de estar enquadrada pelos sindicatos. Uma greve não pode ser convocada sem um enquadramento sindical, senão pode ser considerada uma greve selvagem e ilegal. Por isso era necessário que os professores aumentassem as suas quotas de sindicalização, mas sobretudo a sua participação na vida sindical, pois só assim os Sindicatos poderão ser de facto o espelho dos Professores. As acusações de manipulação político-partidária utilizada pela Dona Maria de Lurdes é uma acusação demagógica e fruto, ela sim, de uma tentativa de manipulação político-partidária. A Dona Maria de Lurdes sabe muito bem que nesta luta são os sindicatos que vão a reboque dos professores e não o inverso, por isso usa a demagogia para descredibilizar a luta dos Professores. É uma artimanha que todos nós já conhecemos de longa data, portanto também aqui nada de novo, apenas uma radicalização ridículo que cada vez fecha mais as portas do diálogo.
Não quero terminar sem falar da anunciada greve para 19 de Janeiro. Porquê 19 de Janeiro? Porquê tão tarde? Porque desmobilizar o que está mobilizado? Porque não fazer esta greve já? Porque não iniciar esta greve no período de avaliações que se avizinha?
Por uma escola melhor e mais justa que seja o orgulho das gerações vindouras e não o seu carrasco!
Depois da euforia das manifestações, vividas com alegria e paixão, há que voltar à dura realidade das escolas e, sem medo, não baixar os braços e continuar a lutar apaixonadamente pela qualidade do ensino e pela justiça. Se não formos cidadãos justos como podemos formar cidadãos e fazer transmitir os valores de justiça às gerações vindouras?
sábado, 8 de novembro de 2008
Ferreira quê?...
Esta Dona Ferreira Leite esqueceu-se de quem é. Esqueceu-se do seu passado?
Esta Dona Ferreira Leite é simplesmente a versão mais enrugada da Dona Maria de Lurdes.
Esqueceu-se que o actual ECD e modelo de avaliação foi precisamente o por si defendido enquanto Ministra da Educação do Governo PSD. Esqueceu-se que as suas reformas só não foram avante porque o seu Governo não tinha maioria absoluta. Esqueceu-se que foi a responsável pelo congelamento dosa vencimentos e das carreiras. Esqueceu-se que a facada que deu agora nas costas do Governo PS é uma simples retaliação propagandística, uma réplica, da facada nas costa que recebeu do então PS?
De facto a casta política é uma vergonha, não tem coluna vertebral.
É por estas e por outras que os professores se vão manifestar nos dias 8 e 15 de Novembro.
Contra a degradação da qualidade do ensino público!
Contra o ECD!
Contra este modelo de Avaliação!
Contra a casta política que sobrevive à custa da manipulação!
Esta Dona Ferreira Leite é simplesmente a versão mais enrugada da Dona Maria de Lurdes.
Esqueceu-se que o actual ECD e modelo de avaliação foi precisamente o por si defendido enquanto Ministra da Educação do Governo PSD. Esqueceu-se que as suas reformas só não foram avante porque o seu Governo não tinha maioria absoluta. Esqueceu-se que foi a responsável pelo congelamento dosa vencimentos e das carreiras. Esqueceu-se que a facada que deu agora nas costas do Governo PS é uma simples retaliação propagandística, uma réplica, da facada nas costa que recebeu do então PS?
De facto a casta política é uma vergonha, não tem coluna vertebral.
É por estas e por outras que os professores se vão manifestar nos dias 8 e 15 de Novembro.
Contra a degradação da qualidade do ensino público!
Contra o ECD!
Contra este modelo de Avaliação!
Contra a casta política que sobrevive à custa da manipulação!
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
A Minha Luta
A minha luta é a luta dos professores. Não preciso de bandeiras nem de enquadramentos.
A minha bandeira é a da justiça, é a do orgulho de ser professor. Não preciso que me indiquem o caminho, porque sei bem por onde ir.
O meu caminho é o da indignação. Contra um ECD retrógrado e obsoleto. Contra a prepotência autista de um Governo mesquinho e populista.
A minha luta é a luta dos Portugueses! A minha luta é a luta da Humanidade! A minha luta é a luta da Solidariedade.
A minha luta não tem fronteiras, nem césares, nem deuses.
A minha luta é simplesmente a minha luta.
Pelo direito à indignação!
Os Professores vão dizer presente às manifestações de 8 e 15 de Novembro!
A minha bandeira é a da justiça, é a do orgulho de ser professor. Não preciso que me indiquem o caminho, porque sei bem por onde ir.
O meu caminho é o da indignação. Contra um ECD retrógrado e obsoleto. Contra a prepotência autista de um Governo mesquinho e populista.
A minha luta é a luta dos Portugueses! A minha luta é a luta da Humanidade! A minha luta é a luta da Solidariedade.
A minha luta não tem fronteiras, nem césares, nem deuses.
A minha luta é simplesmente a minha luta.
Pelo direito à indignação!
Os Professores vão dizer presente às manifestações de 8 e 15 de Novembro!
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Quem tem... não tem medo!
Não sou homofóbico, nem coisa que se pareça, sou até bastante tolerante e aceito muito bem as diferenças.
Esta pequena introdução é só para que não tirem conclusões que não correspondem à minha maneira de pensar. Nada me move contra o movimento gay, nem contra qualquer outra minoria, não sou dono da verdade. Aceito as diferenças como me aceito a mim próprio.
O curioso desta imagem, para mim, não é a própria imagem em si, mas o facto de a ter recebido de uma amiga que, descomplexada, brincando, diz coisas muito sérias.
De facto o amor, como tudo na vida, deve ser vivido sem complexos, nem tabús, com paixão, emoção e sentimento, independentemente do sexo e raça de cada um.
Pois que cada um de nós faça um bom uso do que tem e da forma que lhe dê mais prazer.
Não quero com isto dizer que todos devemos fazer tudo, seja em que circunstância for, estaria a instituir um novo padrão e os padrões são castradores. Quero dizer que todos temos direito à nossa individualidade, a sermos nós próprios, sem termos necessidade de nos escondermos ou enquadrarmos-nos, de aceitar os outros como tal e de sermos aceites como somos, sem preconceitos, mas com verdade e autenticidade.
Nenhum de nós é um modelo a seguir, um santo no altar. Todos temos direito a uma relação dialéctica e verdadeira aceitando as particularidades de cada um sem impor o nosso ponto de vista como sendo o mais correcto.
Homens ou mulheres todos temos o direito a usar o nosso corpo como muito bem nos apetecer, sem tabus ou preconceitos.
Sem verdade nem autenticidade, qualquer relação entre seres "pensantes" está destinada ao fracasso, à infelicidade, à dor e à mágoa dos próprios e dos que os rodeiam. Uma vida assim só conduz ao desperdício de uma vida.
Esta pequena introdução é só para que não tirem conclusões que não correspondem à minha maneira de pensar. Nada me move contra o movimento gay, nem contra qualquer outra minoria, não sou dono da verdade. Aceito as diferenças como me aceito a mim próprio.
O curioso desta imagem, para mim, não é a própria imagem em si, mas o facto de a ter recebido de uma amiga que, descomplexada, brincando, diz coisas muito sérias.
De facto o amor, como tudo na vida, deve ser vivido sem complexos, nem tabús, com paixão, emoção e sentimento, independentemente do sexo e raça de cada um.
Pois que cada um de nós faça um bom uso do que tem e da forma que lhe dê mais prazer.
Não quero com isto dizer que todos devemos fazer tudo, seja em que circunstância for, estaria a instituir um novo padrão e os padrões são castradores. Quero dizer que todos temos direito à nossa individualidade, a sermos nós próprios, sem termos necessidade de nos escondermos ou enquadrarmos-nos, de aceitar os outros como tal e de sermos aceites como somos, sem preconceitos, mas com verdade e autenticidade.
Nenhum de nós é um modelo a seguir, um santo no altar. Todos temos direito a uma relação dialéctica e verdadeira aceitando as particularidades de cada um sem impor o nosso ponto de vista como sendo o mais correcto.
Homens ou mulheres todos temos o direito a usar o nosso corpo como muito bem nos apetecer, sem tabus ou preconceitos.
Sem verdade nem autenticidade, qualquer relação entre seres "pensantes" está destinada ao fracasso, à infelicidade, à dor e à mágoa dos próprios e dos que os rodeiam. Uma vida assim só conduz ao desperdício de uma vida.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Basta! Pum!
* Adaptação do Manifesto Anti-Dantas, de Almada Negreiros, poeta d'Orpheu, futurista e tudo… *
MANIFESTO ANTI-MARIA DE LURDES
Basta pum basta!!!
Uma geração que consente deixar-se dominar por uma Maria de Lurdes é uma geração que nunca o foi. É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!
Abaixo a geração Maria de Lurdes!
Corram com a Maria de Lurdes, corram! Pim!
Uma geração com uma Maria de Lurdes a cavalo é um burro impotente!
Uma geração com uma Maria de Lurdes ao leme é uma canoa em seco!
A Maria de Lurdes é meio demagoga!
A Maria de Lurdes é demagoga inteira!
A Maria de Lurdes saberá de sociologia, saberá estatística, saberá escrever sobre o estatuto dos engenheiros, saberá transformar uma anarquista numa ditadorazeca do terceiro mundo, saberá de tudo menos de educação que é a única coisa que se esperaria que ela soubesse!
A Maria de Lurdes pesca tanto de pedagogia que erigiu em fim principal da escola a ocupação dos tempos livres dos alunos ociosos, que transformou os professores em principal inimigo do Governo, que quis pôr o País inteiro contra os professores!
A Maria de Lurdes é uma habilidosa!
A Maria de Lurdes tem um trauma de infância contra os professores!
A Maria de Lurdes que foi professora primária esconde esta 'mácula' na sua biografia oficial. Sente vergonha de ter sido professora como quem tem vergonha da própria mãe. É uma vergonha!
A Maria de Lurdes transformou a pedagogia em demagogia!
A Maria de Lurdes manipula, tergiversa, mente e tenta colocar as escolas ao serviço dos interesses partidários!
A Maria de Lurdes quer destruir a escola pública!
Corram com a Maria de Lurdes, corram com ela! Pim!
A Maria de Lurdes fez um Estatuto da Carreira Docente que só poderia ter sido feito no Chile de Pinochet de onde o seu mestre anarquista, João Freire, o copiou mal e porcamente!
E a Maria de Lurdes teve claque! E a Maria de Lurdes teve palmas! E a Maria de Lurdes agradeceu!
A Maria de Lurdes é uma vergonha!
Não é preciso ir prá 5 de Outubro pra se ser pantomineiro, basta ser-se pantomineiro!
Não é preciso disfarçar-se pra se ser salteador, basta extrorquir aos professores os seus direitos como a Maria de Lurdes faz! Basta não ter escrúpulos nem morais, nem pedagógicos, nem humanos! Basta andar com as modas, com as políticas e com as opiniões do eduques, com as alucinações de um alumbrado como Valter Lemos! Basta usar o tal sorrisinho cínico, basta fazer aparência de muito delicada, e usar olhos meigos para os jornalistas! Basta ser Judas! Basta ser Maria de Lurdes!
Corram com a Maria de Lurdes, corram com ela! Pim!
A Maria de Lurdes nasceu para provar que nem todos os que governam sabem governar!
A Maria de Lurdes é um autómato que deita pra fora o que a gente já sabe o que vai sair..., bastando ter lido os textos alucinados daquela espécie de Menino do Lapedo fóssil que é Valter Lemos. Mas é preciso deitar mentiras, estatísticas manipuladas, dinheiro, prémios, livros e computadores para comprar os votos aos pais!
A Maria de Lurdes é uma doentia perturbação dela-própria!
A Maria de Lurdes em génio nem chega a pólvora seca e em competência é pim-pam-pum.
A Maria de Lurdes em poses eróticas no jornal Expresso é horrorosa!
A Maria de Lurdes tresanda a mentira e a demagogia!
Corram com a Maria de Lurdes, corram com ela! Pim!
A Maria de Lurdes é o escárnio da consciência!
Se a Maria de Lurdes é portuguesa eu quero ser do Chile, do país de onde importaram o Estatuto da Carreira Docente!
A Maria de Lurdes é a vergonha da intelectualidade portuguesa!
A Maria de Lurdes é a meta da decadência mental!
E ainda há uns propagandistas na comunicação social que não coram quando dizem admirar a Maria de Lurdes, quais Vitais Moreiras e outras lavadeiras das imundices da socratinada!
E ainda há quem lhe estenda a mão!
E quem lhe lave a imagem com campanhas de propaganda!
E quem tenha dó da Maria de Lurdes, imputando as culpas deste desastre ao inenarrável Valter Lemos!
E ainda há quem duvide que a Maria de Lurdes não vale nada, e que não sabe nada, e que nem é inteligente, nem decente, nem zero!
Continue a senhora Maria de Lurdes a governar assim que o País há-de ganhar muito com destruição das escolas públicas e há-de ver que ainda apanha uma estátua de cera no Museu dos Horrores e um monumento erecto por subscrição pública dos espanhóis que finalmente ao fim de oito séculos conseguirão destruir Portugal, e a Praça de Camões mudada em Praça Dr.ª Maria de Lurdes, e com festas da cidade plos aniversários, e sabonetes em conta Maria de Lurdes' e pasta Maria de Lurdes prós dentes, e graxa Maria de Lurdes prás botas e Niveína Maria de Lurdes, e comprimidos Maria de Lurdes, e autoclismos Maria de Lurdes e Maria de Lurdes, Maria de Lurdes, Maria de Lurdes, Maria de Lurdes... E limonadas Maria de Lurdes-Magnésia.
E fique sabendo a Maria de Lurdes que se um dia houver justiça em Portugal todo o mundo saberá que o autor de Os Lusíadas é a Maria de Lurdes que num rasgo memorável de modéstia só consentiu a glória do seu pseudónimo Camões.
E fique sabendo a Maria de Lurdes que se todos fossem como eu, haveria tais munições de manguitos que levariam dois séculos a gastar.
Mas julgais que nisto se resume a pedagogia portuguesa? Não Mil vezes não!
Temos, além disto o Secretário de Estado Valter Lemos, outro iluminado vítima da Síndrome de Legiferação Compulsiva que, como ela, esquecendo a sua formação docente, vive obcecado em perseguir os professores e em transformar os alunos num bando de ignorantes e insubordinados.
E há ainda a Directora Regional de Educação do Norte que, encarnado o espírito ditatorial de um engenheiro que não o é, se deleita a punir delitos de opinião e que proclamou ao mundo o direito inalienável dos alunos ao sucesso, mesmo que não saibam ler nem escrever nem contar. E há ainda o Director do GAVE especialista em fabricar exames nacionais para atrasados mentais, para mostrar ao mundo a grande sabedoria dos alunos portugueses.
Corram com a Maria de Lurdes, corram com ela! Pim!
Portugal que com todos estes senhores conseguiu a classificação do país mas atrasado da Europa e de todo o Mundo! O país mais selvagem de todas as Áfricas! O exílio dos degredados e dos indiferentes! A África reclusa dos europeus! O entulho das desvantagens e dos sobejos!
Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia - se é que a sua cegueira não é incurável e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado!
Corram com a Maria de Lurdes, depressa, corram com ela! Pim!
*Adaptado de José de Almada Negreiros
Poeta d'Orpheu
Futurista E Tudo
1915 (2008)*
* Por um singelo Amante da Pátria Portuguesa indignado com a corja de bandidos e de incompetentes dirigidos pelo maior especialista em falsos diplomas que a história lusíada produziu, seja o dele próprio sejam os das Novas Oportunidades que ele distribui a esmo, transformando milagrosamente ignorantes em letrados, cabulões em engenheiros de obras feitas, nulidades em políticos do mais alto coturno maquiavélico, cavalidades em sábios ministros e secretários de estado *
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Obrigado amiga por este manifesto.
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