domingo, 23 de novembro de 2008

Luís Veiga Leitão

Deixo-vos aqui uma bela quadro retirada de um pequeno poema escrito, nos anos 50, nos calabouços da PIDE, por Luís Veiga Leitão.

É certo que ao truncar o poema permito milhares de interpretações, por isso lanço aqui um desafio, prometendo que dentro de alguns dias publicarei o poema na íntegra.

O desafio é, a quem ou a quê terá dedicado Luís Veiga Leitão o poema que começa com esta quadra:

Nesta parede que me veste
da cabeça aos pés, inteira,
bem hajas companheira,
as viagens que me deste.

3 comentários:

Guilherme Monteiro disse...

A imaginação?

Muda a cor do texto de azul escuro, para outra mais clara, senão perde-se, visto o fundo ser preto.

P.S. (R.) - A palavra que me está a ser pedida para digitar no rectângulo de baixo é: "grade". Grande coincidência!!!

eduricardo disse...

A resposta ao enigma está (também)no, belíssimo livro, recentemente publicado, «LIVRO DAS PERGUNTAS» de Pablo Neruda.
COMO CONSEGUIU A LIBERDADE
A BICICLETA ABANDONADA?

Anónimo disse...

Qual a melhor maneira de um homem encarcerado, deixar viajar a sua essência, sentindo o ar fresco dos campos na sua face, a carícia da brisa duma linda e bela madrugada, os pingos de chuva na sua cara, o cheiro da terra molhada, o suave toque dos raios do Sol, rever os lugares por onde passou ou ver aqueles que imaginou?...
Penso que Luís Veiga Leitão desenhou uma bicicleta,onde montado no seu selim, libertou seu corpo preso das paredes que o vestiam e, com sua companheira, transportou sua alma para além do cárcere que o prendia na sua dor e agonia...
Estarei certa???!!!
A amiga Alexandra