Podes procurar-me,
Ó morte.
Podes procurar-me
Por vales e montanhas,
Por aldeias e cidades,
Por ruas e estradas,
De dia e de noite.
Não me encontrarás!
Lembra-te,
Ó morte,
Que já te olhei nos olhos,
Já senti no corpo
A tua lâmina afiada,
Por isso não te temo.
Não és tu que fazes o meu destino.
O nosso confronto será inevitável,
Mas não serás tu que escolherás o momento.
Não adianta perseguires-me,
Não te deixarei apanhar-me.
Serei eu que te encontrarei,
Quando achar que chegou a hora.
Podes ir embora,
Partir para outras paragens,
Perseguir outros incautos.
Não faltarei ao nosso confronto final,
Mas quem marcará a hora serei eu.
Quando chegar esse momento
matarei a morte com a minha vida.
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Hoje, dia em que faz dois anos em que fintei a morte no nosso primeiro grande confronto, estarei no local com um grupo de amigos e todos faremos um brinde à vida.
Viva a vida!
2 comentários:
então viva!
beijinhos
rp
Que bom ler o que tu escreveste!
Fico feliz porque vejo que, pela primeira vez, fazes um brinde profundo, emanado das tuas entranhas, à VIDA.
Não Mário, a morte não te quis nesse dia, nem tão pouco te tocou. Apenas te viu e fugiu. Fugiu porque sabia que iria ser perseguida por aqueles que precisam de ti, por aqueles que querem que tu sejas uma parte das suas vidas, por aqueles que te prendem com uma âncora, por aqueles que sabem que afinal, lá fundo, bem no fundo do teu interior, tu ainda amas a VIDA...
Por isso, hoje quando brindares com os teus amigos:
- Grita com todas as forças fazendo voar o teu pensamento, coberto de todas as cores.
- Transforma-te num ser com brilho, cheio de força e poder; num homem que, como uma criança, ainda acredita na Felicidade e no Amor.
Amordaça as tuas angústias, as tristezas que te corroem, envolve-as numa mortalha, juntamente com o teu passado. Enterra-as bem fundo nesse local onde a morte, bem escondidinha, estará espreitando o lugar onde não te quis, o sítio do seu falhanço...
A VIDA É BELA!!!
Um brinde à Vida e um beijo da tua amiga
Alexandra
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