terça-feira, 7 de abril de 2009

Vital Moreira


Habituei-me a ver Vital Moreira como um homem de ideias e independente das lógicas político-partidárias.

Mais uma vez enganei-me.

Vital Moreira é o cabeça de lista do PS às eleições europeias. Apelou a que não se usasse as eleições europeias para julgar a política interna do PS. Tem uma posição crítica em relação ao acordo de Lisboa. Defende uma candidatura própria à presidência da Comissão Europeia, não apoiando Durão Barroso.

Sócrates defende que as eleições europeias devam servir para sufragar a política interna do PS. Sócrates é apoiante entusiasta do acordo de Lisboa. Sócrates afirma apoio inequívoco do PS à candidatura de Durão Barroso à presidência da Comissão Europeia.

Perante a desautorização constante de uma candidatura que se afirmava independente e com ideias próprias, qual a posição de Vital Moreira?

O que pretende Vital Moreira?

Vital Moreira é um simples comissário político de Sócrates?

Vital Moreira é um carreirista à procura de mordomias na União Europeia?

Vital Moreira é um verme?

Onde estão os princípios e a coluna vertebral de Vital Moreira?

De facto o lixo junta-se ao lixo, por isso é que esta política é uma lixeira e os portugueses só têm olhos e ouvidos para as palermices do futebol.

Isto já não é um ensaio sobre a cegueira, é uma cegueira sobre o ensaio.

NOJO! Sim nojo é o que sinto destes políticos politiqueiros.

2 comentários:

Anónimo disse...

Vital Moreira foi uma das desilusões históricas e tristes da minha vida.

Cresci a admirar pessoas que defendiam determinados valores. Hoje, vê-los assim significa aplicar uma borracha sobre palermices em que acreditei.

Eles poderiam ter pudor mas não têm.

solidariedade,

'a sinistra ministra'

Anónimo disse...

Em viagem numa zona rural do país o carro oficial do Sócrates atropela e mata um porco que se tinha atravessado na estrada. Sócrates, depois de contactar um seu conselheiro de imagem, para saber o que haveria de fazer em tal circunstância, chama o chofer do carro e diz-lhe:
«Vais ali àquela quinta onde estão aqueles velhinhos, de onde o porco provavelmente fugiu, e dizes que nós pagamos o dano causado.»
O chofer assim faz: vai ter com os proprietários e fala com eles. Após algumas palavras, estes convidam o chófer a entrar dentro de casa. O chofer demora bastante tempo mas, finalmente, lá aparece; tem o fato amarrotado, a gravata desalinhada e um sorriso de felicidade nos lábios.
Sócrates surpreendido e irritado pergunta-lhe: «Então, porque te demoraste tanto?»
O chofer responde: «Sr. Primeiro Ministro, fui lá e fiz como me tinha dito; estranhamente, eles ficaram logo muito alegres e quiseram comemorar, abriram uma garrafa de champanhe que tinham guardada, ofereceram-me o que de melhor tinham; a filha quando soube, lançou-se nos meus braços, louca, cobrindo-me de beijinhos. »

«Mas o que lhes disseste-tu afinal?» perguntou Sócrates.
O chofer respondeu: «Bem, eu apenas lhes disse que era o chofer do Primeiro-Ministro Sócrates e que tinha acabado de matar o porco...»