domingo, 30 de setembro de 2007

Frontalidade

Ou melhor, a falta de frontalidade e a hipocrisia, são os principais atributos daqueles que agem por má fé.

Aqueles que agem subrepticiamente, que não hesitam nos meios a utilizar, que se aproveitam de um momento de fraqueza e da dor dos outros para os atacar, que são desonestos, que usam amigos, tentando pôr uns contra os outros para se auto-justificarem, para dar cobertura à sua desonestidade. São mentirosos.

As pessoas sem frontalidade são frias e calculistas e esperam, ou provocam, o momento certo, para pôr a sua vingança mesquinha em acção, sem olhar a meios nem às consequências.

As pessoas sem frontalidade nem merecem ser desprezadas, basta que sejam ignoradas, porque de facto ao desprezar quem não é boa pessoa é dar-lhes uma importância que não têem, é como se ainda estivessemos, de alguma forma, dependentes ou ligadas a elas e tivessemos ainda qualquer recordação de tempos que nos pareceram outros.

Ignorar os que não são frontais é colocar um fim a uma realidade que nunca existiu ou, no mínimo, a uma realidade virtual que nos iludiu durante algum tempo.

Demorei a entender, mas aprendi a ignorar aqueles que de facto não prestam, mesmo que continuem a enganar outros, a mim já não me enganam.

Podemos e devemos desculpar quem erra, todos nós estamos sujeitos a errar, mas não tem desculpa quem age de forma calculista e premeditada.

A melhor maneira de lidar com aqueles que desceram ao patamar da ignomínia e da ordinarice é de facto ignorando-os, a nossa mente fica em paz e despimo-nos de qualquer sentimento de retaliação que nos tornaria iguais a eles.

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