José Saramago in "Ensaio sobre a Cegueira"
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Sonhos
(...) Vagos no princípio, imprecisos, os sonhos iam de dormente em dormente, colhiam daqui, colhiam dali, levavam consigo novas memórias, novos segredos, novos desejos, (...) Este sonho não é meu, diziam, mas o sonho respondia, Ainda não conheces os teus sonhos (...) a rapariga (...) ficou a saber quem era o velho (...) que dormia ali (...) desta maneira julgou ele saber quem ela era, apenas julgou, porque não chega serem recíprocos os sonhos para que sejam iguais. (...)
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