domingo, 3 de maio de 2009

Dia da Mãe


Eu e a minha Mãe (aqui com 88 anos) em 2 de Setembro de 2002.
A minha Mãe morreu faltava cerca de um mês para completar 90 anos.


A minha mãe está sempre comigo e em mim, não preciso de um dia especial para a recordar nem para lhe dizer:

OBRIGADO MÃE! AMO-TE!

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Para partilhar convosco algo que herdei da minha mãe, para além do carinho e do amor, mas isso é algo que só poderei dar tentando seguir o seu exemplo, deixo-vos aqui a receita da Bôla de Bragança, tal como a minha mãe a fazia.

BÔLA DE BRAGANÇA

Ingredientes:

• 1 Kg de farinha de trigo
• 7/8 ovos
• Azeite qb (pouco)
• 30 g de fermento padeiro
• Sal a gosto, mas atenção não é necessário muito porque as carnes já são salgadas
• Carnes variadas de preferência desossadas (fêveras de porco, peito de frango, enchidos e fumeiro, presunto, carne de caça, etc)
• 1 forma sem buraco, pode ser um tacho sem asas de plástico.

Modo de fabrico:

Amornam-se 8 ovos levemente. Põe-se um pouco de azeite a amornar. Numa tigela desfaz-se cerca de 30 g. de fermento de padeiro em água morna.

Num alguidar, junta-se 1 kg. de farinha com o fermento e amassa-se. Juntam-se os ovos um a um, e vai-se amassando sempre. Junta-se o azeite. Junta-se o sal. Pode haver necessidade de juntar mais farinha, sabe-se que tem a farinha necessária quando a massa deixa de se agarrar às mãos. Amassa-se muito, muito bem.

Faz-se uma bola, cobre-se com um pano quente, mas antes faz-se uma cruz na massa.

Fica a levedar enquanto se preparam as carnes.

Fêveras fritas, frango estufado, fatias finas de toucinho fumado, linguiça, chouriço, paio, presunto. E tudo o mais que se quiser.

Aquece-se a forma, levemente, e unta-se com azeite. Forra-se a forma com massa e vai-se recheando às camadas intercaladas de carnes e massa. Vai ao forno.

Maria Luísa Strecht Rietsch Monteiro

4 comentários:

Unknown disse...

Que linda era a tua mãe!
Quantas vezes me lembrei da minha hoje, ontem,...aliás não há um dia que não pense nela, porque ela faz parte de mim, vive comigo diariamente, eternamente... Tudo que aprendi com ela é tudo o que sou... sou apenas o prolongamento da sua doçura, da sua ternura, do seu olhar meigo, das suas mãos que tão suavemente me acariciavam, dos seus olhos que transmitiam um infinito amor... Que saudades que tenho dela, que há tão pouco tempo partiu!
Não me deixou nenhuma receita especial, apenas me ensinou a arte de cozinhar...
Conheço essa Bôla de Bragança, porque também dentro de mim existe uma costela e alma Transmontana. É uma verdadeira delicia!!!
Não me digas que a sabes fazer?

Um grande beijo para as nossas duas
mães. À mãe Maria Luísa que passou tanto carinho e sentimento ao seu filho Mário. À mãe Maria Amélia que me imbuiu de sensibilidade feminina e respeito pelos outros...

A ti meu querido amigo um grande abraço de ternura
desta tua amiga que ao ler o que escreveste fizeste chorar.
Bem Hajas Mário.

Mário Monteiro disse...

Obrigado Alexandra.

Claro que sei fazer a bôla e muito mais, também aprendi a cozinhar com a minha mãe.

Beijinhos para as nossas mães.

Mário Monteiro disse...

a minha mãe não era transmontana, mas sim nada e criada no Porto de pai alsaciano e mãe portuense, mas como havia família de Bragança ela aprendeu essa receita e era tradição em nossa casa fazê-la e, sobretudo saborea-la e comê-la.

eheheheheh

Unknown disse...

É tão boa, não é!
Tenho a certeza que quando a fazes, cada pedacinho que levas à boa, recorda-te as mãos macias e habilidosas da tua querida mãe quando a preparava.
Obrigada, meu amigo.
Um grande abraço cheio da sensibilidade feminina que minha mãe me ensinou.