quarta-feira, 6 de maio de 2009

Lugares e Pessoas



Há lugares que nos trazem recordações de memórias que julgávamos apagadas.

São lugares que exerceram sobre nós um fascínio único, mas as memórias voltam não pelo lugar em si, por mais belo que seja, mas pelas pessoas com quem partilhamos o momento.

Não interessa onde esta imagem foi tirada, se estive ou não aqui com alguém.

O meu lugar é um lugar por mim criado, resultado dos muitos que visitei, ou dos que ainda vou visitar, das pessoas com que estive ou daquelas com que vou estar.

O meu lugar é uma ilusão, uma miragem, que ganha forma sempre que algo desperta dentro de mim, mas esse lugar vale pelo vivido ou pelo que se imagina poder viver nele e não por si só.

É um lugar onde se vislumbram os claros e escuros da vida, um lugar das nossas aberturas e bloqueios, das nossas verdades e mentiras, das nossas certezas e dúvidas.

É o lugar das nossas contradições!

É um lugar que não existe por si, mas sim pelas pessoas com quem o partilhamos ou com quem o iremos partilhar.

Não é um lugar estático, é um lugar de liberdade vivida ou imaginada.

11 comentários:

Unknown disse...

Mário, posso saber onde é este lugar?
Já estive num muito parecido com este, só que não me atrevo a dizer porque tenho medo de errar.
Bj.

Mário Monteiro disse...

não, não podes, nem tu, nem ninguém, esse é um lugar mítico e só meu e eu preciso de preservar os lugares que criei.

Unknown disse...

Compreendo Mário e respeito a tua privacidade.
Um Beijinho

Manux disse...

Caro Mario, para além de me parecer algo incoerente ou contraditória essa pretensão de manter no segredo dos deuses uma imagem de um lugar "mítico", porque os lugares míticos de cada um de nós cria não o deixam de ser por partilharmos com outros a sua localização, (como uma música ou um livro não perdem o significado especial que possam ter para qualquer um de nós pelo facto de outros não sei quantos milhões de pessoas ouvirem e lerem a mesma música e o mesmo livro), queria deixar-te uma sugestão: para "esconder" a identidade de um lugar é sempre com começar por ocultar a proveniência da imagem (neste caso melg-clabor)...

Mário Monteiro disse...

Caro, ou cara Manux, obrigado pelo teu comentário. É verdade que milhões de pessoas ouviram a mesma música, leram o mesmo livro ou visitaram o mesmo lugar. Sei perfeitamente que me bastava mudar o nome do ficheiro de imagem para ocultar esse lugar, simplesmente o lugar de que falo é mítico, ou melhor não é um lugar específico, mas sim muitos lugares e do somatório, ou a partir, desses lugares e do que vivi e partilhei em cada deles é que construí esse lugar mítico, por isso lhe chamei mítico, sem nenhuma contradição. É mítico, porque é um lugar por mim criado, que não existe, e no qual me refugio e que me vem à memória em muitos outros lugares, às vezes até em lugares em que nunca partilhei nada ou até em lugares em que nunca tinha estado antes. É uma atmosfera que se alia a um determinado estado de espírito. É um mito.

Mário Monteiro disse...

Manux, o mais importante dessa imagem é a alternância entre ameias e merelões ou, por outras palavras, as aberturas e os bloqueios, os claros e os escuros.

Anónimo disse...

É isso mesmo!
Vou fazer o caminho de santiago e apesar de ser fantástico, só terá o verdadeiro valor se for com a minha cara metade!

Anónimo disse...

Parece a torre de menagem do Melgaço!

Mário Monteiro disse...

Manux, espero que, com as alterações que fiz ao texto ter-me feito compreender em relação ao texto inicial. Sim o facto de inicialmente ter deixado o nome do ficheiro (que não era minimamente relevante) podia levar à tua interpretação, por isso também o alterei.

Aparece sempre.

Anónimo disse...

Pronto, não é "um" lugar, é "o" lugar que é um lugar...
Fiz-me entender?
Beijo

Mário Monteiro disse...

perfeitamente

eheheheheh