domingo, 7 de junho de 2009
Europeias 2009
O PS de Sócrates perdeu as Eleições Europeias!
Esta é a principal conclusão que se pode tirar dos resultados eleitorais de hoje, mesmo que só tenham votado cerca de 38% dos cidadãos portugueses eleitores.
Quem trouxe para o primeiro plano da discussão política o julgamento do Governo, ou como eufemisticamente disse José Sócrates (JS), julgamento da Oposição, foi o PS.
Neste contexto, não é legítimo que JS venha agora afirmar que estas eleições não podem ser extrapoladas para as Legislativas de Setembro próximo, não esquecendo que pelo meio ainda temos as Autárquicas.
Foi hilariante ver JS nervoso, sem postura de homem de Estado, birrento, amuado (tal como o famoso CR7) e, como sempre, autista.
Muitos clamam vitória mas, quanto a mim, só têm direito a clamar vitória partidária aqueles que, apesar da grande abstenção, ainda conseguiram aumentar , em valor absoluto, os seus resultados eleitorais, comparando com outras eleições onde a abstenção foi muito menor.
Há de facto uma força nova que está a emergir, uma força nova, uma força de esquerda, diferente e verdadeira, que merece o benefício da dúvida.
Quanto ao PS de JS, perde votos sobretudo à esquerda para o BE e o PCP; quanto à direita, nada de novo: são simples partidos que diferem do PS apenas do ponto de vista formal, porque, ideologicamente, não há grandes diferenças, não fazem qualquer ruptura com o poder económico.
O PS de JS, o PSD e o PP fazem parte da mesma casta, daqueles que têm enterrado os deserdados, os mais pobres. Este partidos, nos quais incluo o PS de JS, têm desprezado os que mais sofrem, criam sistematicamente injustiças sociais. Faltam-lhes valores, imaginação e criatividade, porque o seu principal objectivo é perpetuar a casta política ou politiqueira no poder.
Chegou a hora dos "carregadores de piano" fazerem ouvir a sua voz. Não imitando os outros, porque são diferentes, mas mostrando, na prática, que há outra via para além daquela que nos impingem há 30 anos e, evidentemente, diferente daquela que nos impingiram durante 48 anos.
Os Portugueses estão de parabéns, derrotaram o PS de JS. Só podemos estar orgulhosos por derrotar um bando de maltrapilhos. Por isso, neste momento, não interessa realçar as diferenças, porque o objectivo era mostrar a nossa discordância e repulsa para com JS.
Chegou a hora de acordar!
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5 comentários:
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AS ELEIÇÕES
Contrariamente à euforia evidenciada pelos diversos partidos políticos expressa nas declarações dos seus dirigentes, essa poderia fazer supor melhoria de condições de vida para os desfavorecidos. Penso, todavia, não haver motivos nenhuns para que a massa anónima votante e não votante tenha essa esperança.
Tão pouco que se pede e nada nos é dado. Há quem tenha tudo e há quem não tenha nada. Os que têm tudo são os dirigentes dos diversos partidos, presidentes de Bancos e por aí fora. Não terão talvez respeito por quem vive em dificuldades. Os que não têm nada são, entre outros, os reformados, operariado …. etc, Ah!... perdão, estes terão do seu lado a Honradez.
O comportamento dos políticos, em certos casos, parece-me necessitar de intervenção clínica, porque tomam atitudes que a mim me parecem irresponsáveis, porque em proveito próprio. Citar nomes para quê? È só ler na comunicação social. Nos diversos comentários (leia-se agressões) que fazem uns aos outros, acompanhados dos olés dos apaniguados, o desempenho político mostra a sua pouca dignidade, porque os vencedores de hoje são os insinceros de amanhã.
Isto está sobejamente comprovado, conforme disse certo político da nossa praça, que desapareceu dessa cena, por não querer passar por insincero. D. Januário Torgal Ferreira, disse há mais ou menos um mês, que a justiça está errada há mais de trinta e cinco anos e, parece-me, julgou-se um herói. Não foi, antes pelo contrário, permitiu que as injustiças continuassem. O Dr. Mário Soares aparece de vez em quando a dar um conselho, quando já não tem espaço para isso, porque se trata de um homem, que, em minha opinião, se serviu do País e não o serviu, como era sua obrigação e desempenhou todos os cargos compatíveis com essa possibilidade.
A situação do País está pior do que antes do 25 de Abril de 74, disse Saramago, parece-me.
Mas o homem político português não conhece o significado das palavras Solidariedade, Justiça e Honradez. Não admira, porque na Revolução Francesa, Marat também não e deu instruções à Guarda Nacional, para mandar chumbo a quem fosse contra. No nosso País quem é do contra ainda não conta. Mesmo que abra a boca o grito que daí sai não incomoda ainda.
E concluo como António Lobo Antunes: percebo tão pouco da vida …
Mas aguento-me com a minha reforma de 43 anos de descontos para a Segurança Social.
Honradamente.
João Brito Sousa
A análise está bonita e vai de encontro à minha maneira de pensar, caro Mário, mas talvez esqueças alguns pormenores que a realidade me impõe. Acontece que sendo estas eleições de "círculo único" o meu voto, por exemplo, foi num determinado partido, mas nas legislativas o voto na mesma sigla vai para o fundo do Atlântico e por isso fico na eterna dúvida em quem devo votar, afinal o que me acontecia no círculo de Viseu em que se não votares PS ou PSD (ou CDS) sentes uma enorme frustração por estares a deitar o voto às malvas (nunca sentes a felicidade de teres contribuído para a eleição de uma voz concordante com a tua). Com isto quero dizer que "o meu voto não PS", e haverá mais alguns que pensarão como eu, não foi para derrotar o PS e sim votar numa voz que acredito, porque o "círculo único" me permitiu, mas nas legislativas isso não vai ser posível. É verdade que nestas eleições a expressividade dos votos "fora da europa" é quase nula, mas nas legislativas o mesmo círculo elege 2 deputados, afinal quase tantos como Beja, por exemplo, que só elege 3.
Aquele abraço
Neves, AJ
Desculpa Seven, mas por muitos pensarem que desperdiçam o seu voto é que temos estado entregues à bicharada nos últimos 30 e tal anos.
Um voto, seja em que partido for nunca é desperdiçado, porque é um voto na nossa consciência, não podemos pensar dessa forma, porque ao votar no mal menor estamos a violentar a nossa consciência e a nossa ética.
Não me dês treta dessa Mário. Sê prático. Diz ao Louçã ou ao Portas para se candidatarem por Viseu e até eu atravesso o Atlântico.
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